sexta-feira, 1 de junho de 2018

Sofri bullying por causa disto!

"Seria educativo explicar que não é o sotaque do Norte, das Beiras, do Alentejo ou das Ilhas que faz das pessoas parolas. E que no Norte, nas Beiras, no Alentejo ou nas Ilhas há muita gente culta e educada que tem sotaque e faz questão de o manter."
Capicua, Visão
Fui muito gozado e até maltratado em adolescente quando mudei de escola e mantive o meu sotaque porque, na altura, não tive um adulto que me protegesse, nem percebia a diferença. Não me tratando mal, os adultos achavam piada à coisa e não reprimiam os meus colegas: é da "alerdeia", ainda me está no ouvido.
Não estou a falar de semântica, mas de fonética. Para, um lisboeta, por exemplo, picheleiro é uma profissão que não existe. Ainda bem que existe no Norte porque, se não existisse, não haveria água canalizada em casa (canalizador).
Estou a falar de fonética. Palavras como sónho, déntro, vénto e outras similares com a cereja no topo do bolo, infelizménte, são pronunciadas desta forma na minha terrinha, com as vogais (aqui acentuadas) totalmente abertas. E é lindo, muito lindo...

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