quarta-feira, 29 de março de 2017

Justo

Não tenho ambições nem desejos
Ser poeta não é uma ambição minha
É a minha maneira de estar sozinho.

Fernando Pessoa

terça-feira, 7 de março de 2017

Mentalidades 2

A polémica instalou-se com a canção vencedora para nos representar no Festival Eurovisão da Canção.
Para mim, são perfeitamente estúpidas as críticas: que não se adequa ao estilo do festival, que devia ser mais direccionada para o estilo pop/rock/metal, que é demasiado simples, que o cantor não tem grande voz, que os camones não vão perceber a letra, que o tema é pueril e muito batido, que devíamos mandar um homem com barba vestido de mulher... são algumas das críticas que incendiaram as redes sociais!
E não é que são todas verdadeiras (excepto a última) mas que, mesmo assim, não beliscam em nada a música em questão, o seu valor, significado e intensidade.
A canção é linda, a interpretação é boa, a letra é inspiradora. O simples e o belo podem funcionar e, neste caso, funcionam numa perfeita comunhão que há muito não sentia ao ouvir um tema. 
Se não se adequa ao estilo do festival, azar... Para mim, só existem dois tipos de música: boa e má, e esta é, claramente, uma música boa muito na linha do que nos tem apresentado a cantautora. Curiosamente ou não, a voz e o estilo do cantor são muito semelhantes à voz e estilo da irmã.  
Pior do que temos apresentado nos últimos anos não é e, além disso, o próprio festival é uma farsa, sempre foi, com troca de votos entre países e pré-combinações abjectas que colocam a nu a nossa verdadeira dimensão. 
Ah! já agora, como nos diz a canção: "o meu coração pode amar pelos dois."