segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Verdade

Na minha vida, tento ser honesto, quebrar o politicamente correto e as mentiras da contemporaneidade, em particular neste país pequeno em tamanho, mas grande em estupidez (se calhar o estúpido sou eu).
Esta honestidade é muito mais profunda do que a honestidade que se pretende, por exemplo, nos negócios. É uma honestidade ao encontro da verdade: nua, crua e dura.
Não é fácil.
Ou sou apelidado do contra ou sou apelidado de conflituoso. Por vezes, no trabalho ou na família, cansado, limito-me a encolher os ombros; lá está, para não criar mau ambiente, nem ser do contra. Muito menos conflituoso.
Nos dias que correm, quando alguém rompe o protocolo e faz afirmações "fora da caixa", leva com o mesmo rótulo. No espaço público esse rótulo é amplificado.
Apesar disso, ainda existem algumas pessoas como eu, eu quero acreditar que existem: que pensam pela sua própria cabeça e tentam retirar das fontes de informação disponíveis, altamente manipuladas, algo como: a Verdade. Já é a segunda vez que falo nela.

A verdade é que muitos dos refugiados que vieram para Portugal escolheram o nosso país em último lugar. A verdade é que os nossos políticos fazem, em grande escala, o que nós, cidadãos, fazemos em pequena. A verdade é que eles, políticos, e a classe alta da sociedade gastam milhões para viver numa capital mecenas que lhes dá, quase tudo, de borla. A verdade é que o estado deixou de poder ser social. A verdade é que a corrupção começa em baixo. A verdade é que quanto mais dinheiro recolhem em impostos, os nossos governantes, mais estragam e mais roubam. A verdade é que, em Portugal, ninguém está interessado na mudança. A verdade é que estamos a educar uma geração de irresponsáveis, imaturos, mal-educados e preguiçosos. A verdade é que somos uns bananas, que nem nos indignamos como deve ser. A verdade é que a falta de noção está generalizada.

BOM ANO 2019!

Metáfora

"Infelizmente, a vida é tão incorrigível como uma criança e está constantemente a fazer birras, a desenterrar mortos e outras coisas que tais."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

sábado, 29 de dezembro de 2018

Parece que sou suficientemente estúpido!

"E não nos arrependemos de quase tudo? Sobretudo das coisas que deixamos escritas, as que hão-de nos sobreviver. Os actos nunca; esses passam, um dia destes já ninguém se lembra. Mas se formos suficientemente estúpidos para deixar alguma coisa no papel, então o caso muda de figura."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Fazer o quê?

"que seria em vão; que todas as minhas palavras seriam nada mais do que ar saindo da minha boca, engolidas pela indiferença."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Já percebi

Por que razão enchemos a canalha de brinquedos?

Porque queremos aumentar o nosso EGO e não o deles.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Mos Maiorum

"A sabedoria do passado foi conquistada a pulso, e os nossos antepassados podem ter algo útil a dizer."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida


Experiência Empírica

"Algumas crianças estão desesperadas por regras e estrutura, sentindo-se bem até em ambientes mais rígidos. Outras, com pouca consideração pela previsibilidade e pela rotina, são imunes a exigências, até mesmo as de ordem mínima e necessária. Algumas são muito imaginativas e criativas, e outras mais concretas e conservadoras. Todas estas diferenças são profundas, importantes, e fortemente influenciadas por factores biológicos, difíceis de modificar socialmente. Felizmente, perante tanta variabilidade, somos os beneficiários de diversas reflexões importantes quanto ao uso apropriado do controlo social."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Boa

"A felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser."

Valter Hugo Mãe, O filho de mil homens

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Bondade vs. Justiça

Nós últimos tempos tenho sido confrontado por uma pessoa muito próxima com a falta de bondade,  falta de bondade no mundo civilizado... Estou a brincar. Falta de bondade em mim próprio, nas minhas acções.
Esta falta de bondade, segundo a própria, resulta do meu temperamento intempestivo e revoltado perante situações que, na minha opinião, fogem à normalidade, ou à minha normalidade. Esta "anormalidade" que me causa fúria, é este o nome, quase sempre controlada, resulta da falta de justiça, mesmo injustiça, nos mais diversos campos da minha escala de valores. Escala de valores construída através de uma educação formal, sólida e monástica. Educação baseada no Mos Maiorum romanomuito ao gosto da minha mãe. Toca a pesquisar.
Nesta fase da minha vida, o meu sentido de justiça está mais apurado do que nunca, cada vez mais, mais apurado do que o meu sentido de bondade. Sei que não posso mudar o mundo, mas tenho menos paciência, cada vez menos, com faltas de educação, com ultrapassagens em filas de supermercado, com cinismo, com maldade. No fundo, com o chico-espertismo muito presente e caracterizador da sociedade portuguesa.
Trocando isto por miúdos, por exemplo, se uma qualquer pessoa me pedir uma esmola porque é preguiçoso, não trabalha, não se esforça, respondo com justiça: não sou bom, não merecem, não dou. Parece que este exemplo foi escolhido de propósito para te trazer para o meu lado, caro leitor, mas manifesta-se em trivialidades. Se eu sei que uma qualquer pessoa, através das suas acções passadas, nunca me emprestaria um qualquer objecto se eu precisasse, ficando prejudicada momentaneamente com esse empréstimo, também não faço o esforço para lhe emprestar algo, caso precise: aconteceu recentemente. Por que razão eu tenho de ser bom, e emprestar-lhe algo, prejudicando-me ou não, se a justiça me manda não o fazer? Não serei bom, mas sou justo.
Entre justiça e bondade, escolho justiça. Não gostam? Tenho pena mas, lá está, é justo.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Eu sei

"A dor é mais potente do que o prazer, e a ansiedade mais forte do que a esperança."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

domingo, 16 de dezembro de 2018

Para um tal de Sá

"As crianças são perfeitamente capazes de achar que podem sobreviver se comerem apenas cachorros-quentes, frango panado e doces..."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Mau

Os efeitos da abstinência forçada do telemóvel são muito semelhantes aos efeitos da abstinência de drogas duras.

Exagero? No Japão já existem campos de desintoxicação.

Este comentário é de quem...

não conhece a escola pública, por exemplo: na Amadora, no Cerco, no Seixal, no Barreiro, na Apelação, e em muitas outras.
Está habituado a ter os filhos nos colégios da capital, ou a perceber a escola através das escolas dos filhos dos amigos, que frequentam, acertaram: os mesmos colégios.
A escola precisa de REGRAS. O que falta nas escolas actuais são REGRAS. Posso usar um sinónimo: DISCIPLINA. Ah! E consequências. Não existem regras, nem consequências. "As crianças amam a escola" PahhhhHHHH

"As crianças amam a escola! Mas a escola não tem amado as crianças. E deve-lhes isso; com urgência! A escola, todas as escolas, deviam ser uma “república das crianças”. Onde, considerando a escola, as crianças sejam o principal e os professores o indispensável."

Eduardo Sá 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Este, assume. :)

"Eu lembro-me de memorizar decotes no autocarro para fazer uso deles mais tarde."

RAP, Governo Sombra

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A minha vida é excelente! Sou muito feliz!

"Se a sua vida não corre bem, talvez o seu conhecimento atual seja insuficiente, e não a vida em si. Talvez a sua estrutura de valores precise de ser reformulada. Talvez aquilo que ambiciona o esteja a cegar a tudo o que podia ser. Talvez, no presente, esteja tão agarrado aos seus desejos que não consegue ver mais nada - mesmo aquilo de que realmente precisa."

12 Regras para a Vida, Jordan Peterson

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Momento de comédia

"Augusto Santos Silva, ministro, ainda a acabar de puxar as calças para cima depois da visita do presidente chinês, afirmou: nós não podemos ser ambíguos no combate a qualquer forma de regime autoritário."

RAP, Governo Sombra

sábado, 8 de dezembro de 2018

Assino

"Eles apontam com o dedinho trémulo a “homofobia”, o “machismo”, o “racismo” e o que calha de ferir a “sensibilidade” de “minorias” largamente imaginárias. Eles são bons e castos e superiores."

Alberto Gonçalves, Observador

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Difícil

"Se tem um amigo que não recomendaria à sua irma, ao seu pai, irmão, filho, porque tem esse amigo? Pode dizer-me: por lealdade. Bem, lealdade não é o mesmo que estupidez. A lealdade tem de ser negociada, justa e honesta. A amizade é um arranjo recíproco. Não estamos moralmente obrigados a apoiar alguém que está a fazer do mundo um lugar pior. Pelo contrário. Devemos escolher pessoas que querem que as coisas melhorem em vez de piorarem. É algo bom, e não fruto do egoísmo, escolher alguém que seja bom para nós. É apropriado e louvável que nos associemos a pessoas cujas vidas melhorariam caso vissem que a nossa vida melhorava."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Conhecem alguém assim?

"Talvez a miséria do outro seja a sua arma e ódio contra aqueles que conseguiram ascender, enquanto ele se foi afundando. Talvez essa miséria seja a tentativa de provar a injustiça do mundo, em vez de uma prova do pecado dessa pessoa, das suas falhas, da sua recusa em prosperar e viver. Talvez a disposição para sofrer e fracassar seja inesgotável, tendo em conta aquilo que essa pessoa tenta provar com o sofrimento. Talvez seja a sua vingança do Ser."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Ah, pois é!

"A pessoa que tenta e falha, e que é perdoada, e que volta a tentar e a falhar, e é desculpada, é com demasiada frequência a pessoa que quer que todos acreditem na autenticidade da sua tentativa."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Na caixa

"Estranho mundo, este, em que os defensores da democracia sonham com a instituição de uma ditadura."

João Pereira Coutinho, Sábado

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Por isso tenho andado tão feliz

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Disruptivo

Nas classes mais baixas da sociedade, "até o dinheiro pode não ter qualquer serventia. Não saberemos como o usar, porque é difícil utilizar o dinheiro apropriadamente, em particular se não nos for familiar."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Pois

"Não é aquilo que não sabemos que nos coloca em problemas. É aquilo que sabemos."

Mark Twain

Alguém que desminta

"Um gajo para fazer o que quer, tem de fazer muitas vezes o que não quer."

António Raminhos, Com o Humor não se Brinca

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Difícil

"Cada um de nós tem de assumir toda a responsabilidade que conseguir pela sua vida pessoal e também pela sociedade e pelo mundo."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Sem título

"A ordem é a serpente branca e masculina; o Caos é a serpente negra, a parceira feminina."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Sinto-o todos os dias

"Tudo isto faz com que estejamos a criar “uma geração que não tem aquela resiliência autónoma que viria com pais mais jovens, mais despreocupados, com mais irmãos, onde há mais dureza e trambolhões no crescimento”.

Jordan Peterson, Observador

Mas a falta de resiliência só se verifica em alguns aspectos, nomeadamente, nos que dão trabalho e exigem esforço físico e/ou psicológico. Parece redundante, mas as atividades lúdicas também exigem trabalho, nessas não há falta de resiliência. A má educação e os desvios à norma também precisam de resiliência por vezes mais do que a necessária em casos "normais". A resiliência dos jovens está é a ficar alterada/danificada com jogos, televisão, smartphones, redes sociais, ... Em vez de estudo, horas de sono, joelhos rasgados, ar livre, atenção dos pais, regras: os tais trambolhões no crescimento...

terça-feira, 20 de novembro de 2018

Paz...

Não sei o que quero, talvez parecer...
Esmago o silêncio, engano o sofrer...
Estou tão cansado, do nada que sou...
A calma fugiu, e não me encontrou...
Tento com audácia, usar a razão...
Sofrer com o luto, não é opção...
Perder mais um dia, também não se faz...
Conheci-a um dia, chamaram-lhe paz...
Usar os sentidos, liberta a saudade...
Mal posso viver, com esta verdade...
Da vil utopia, que me fez feliz...
Dia atrás de dia, sendo ela a actriz...
Do palco da vida, do meu suplício...
Suponho que seja, um íntegro vício...
Encontrá-la-ei, quando deixar de sentir...
Quando a puta da vida, estiver a fugir...

pp

segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Limito-me a não ver televisão

"O politicamente correto é uma forma de tribalismo que enfraquece o indivíduo e põe as pessoas umas contra as outras."

Jordan Peterson

Um canal abaixo

Fiquei a saber, na SIC, através da inesgotável sapiência de Cláudio Ramos que Toy não lamentou a morte de uma alegada amante, com quem teve um violento diferendo em tribunal relacionado com um alegado filho não assumido, fruto de uma alegada relação, com essa alegada amante. 
O que eu aprendo nos programas da manhã. 

domingo, 18 de novembro de 2018

Versus

“Quem não percebe a corrida (de touros) também não percebe a poesia, não percebe a literatura”.

Manuel Alegre, Observador

Na sua tão ajuizada perfídia, consta que Agustina Bessa-Luís disse certa vez que Manuel Alegre era "o maior dos nossos poetas assim-assim", e disse então tudo o que havia a dizer sobre a atitude com que o fóssil de Abril foi persistindo, à margem de qualquer juízo crítico mais lúcido e severo.

SOL

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Eu também

"A tourada não pegou no Brasil porque os brasileiros torciam pelo touro."

Jorge Amado

Aí sim? Nem sequer desconfiava!

"Estar em Lisboa é estar à beira de coisas que fazem mal à personalidade: como o poder político... As pessoas chegam a Lisboa e vão-se deteriorando."

Pedro Mexia, Governo Sombra

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Simplicidade

Se a vida te dá limões, não queiras fazer laranjada. Vai por mim, faz limonada.

Muita gente faz laranjada e depois queixa-se com falta de sorte. A sorte favorece quem a procura.

É tão simples.

domingo, 11 de novembro de 2018

Em i para t(p)i

Faz hoje um ano que, aqui,
Quase morri.
Não me lembro se senti
Que acabava ali,
A vida que vivi,
O amor que sorvi.
Percorri a bruma,
Combati a fortuna,
Incorri na despesa,
Cingi a certeza:
Que ficaria aqui
Por ti e pela pi.
pp


quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Imbecil

Ouvi esta semana que "as redes sociais são um local onde os imbecis dão a sua opinião sobre um qualquer assunto".
Esta semana não coloco mais nenhum post. Vou estar concentrado na minha imbecilidade interior. Esta semana não há imbecilidade online.

N.B. Abro uma excepção à poesia. Penso eu que não será, ou será uma imbecilidade? Mesmo que seja, entrará no campo da liberdade artística.

sábado, 3 de novembro de 2018

Se uma mulher

gira e inteligente o diz... Vocês sabem que é verdade, só que é mais fácil o contrário. Ok, perfeito.

"Não sou feminista. Acho que os homens e as mulheres são diferentes, não vale a pena acharmos o contrário. A beleza está nessa diferença. Iguais em direitos, sim, agora, a diferença é normal, não partilho nada esta nova febre em que as mulheres, de repente, são as coitadinhas, abusadas e assediadas constantemente. Acho que as mulheres são tão assediadas quanto assediam. Já fui muito assediada e já assediei muito. A vida é isso mesmo."

São José Correia, Observador

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Dois papás com duas meninas

Genial

Há quem pague 99 cêntimos para ver uma lista na Internet de pessoas que também pagaram pelo mesmo motivo. 
A boçalidade de quem paga, contrasta claramente com a genialidade de quem percebeu, antes de todos, que essa boçalidade está massificada e é transversal. Genial.

sábado, 27 de outubro de 2018

Pergunta para um milhão de euros

"Quando é que eu fui feliz?"

António Lobo Antunes

Não conhecendo nada da tua vida, leitor, respondo:
Quando acabaste de ler um livro.
Quando fizeste um filho.
Quando tiveste saúde.
Quando não tiveste fome.
Quando foste amado.
Quando amaste.
Quando sobreviveste à doença.
Quando tiveste uma cama quentinha.
Quando tiraste uma licenciatura.
Quando fizeste um poema.
Quando escreveste um livro.
Quando compraste algo.
Quando foste à casa de banho.
Quando inspiraste alguém.
Quando a canalha está bem.
Quando choraste.
Quando te riste.
Quando ajudaste e foste ajudado.
Quando foste tu.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Obrigado... Vocês sabem quem são.

Depois do meu problema de saúde, não gosto do nome "doença", as pessoas ficaram mais simpáticas e, na grande maioria, querem saber o que se passou e como está a correr a recuperação, com genuinidade. O meu Ego nunca foi muito pequeno, mas nesta altura encontra-se num estado de orgulho e grandiosidade tal que, por vezes, tende a ofuscar os que me rodeiam, coisa que nem sempre consigo evitar. Os médicos, desconcertados pelo meu/seu sucesso, não percebem muito bem o sucedido: o cérebro ainda é uma caixinha de surpresas, mas ficam felizes como eu fico quando um aluno meu tira uma boa nota: o sucesso dele, também é o meu sucesso e corrobora o meu trabalho.
Voltando ao início, as pessoas ficam felizes e perguntam, genuinamente, com verdade, pela minha recuperação porque, no fundo, sou uma prova viva que a capacidade humana de superação perante as adversidades é, como o meu/nosso cérebro, uma caixa de surpresas e que o destino está, provei-o, nas nossas mãos. E isso deixa-os mais calmos e tranquilos: no fundo, ao ouvirem a história, são siderados por algo que lhes dá esperança e lhes retira o fardo, por vezes pesado, da vida ou do actual momento.
Claro que ninguém consegue nada sozinho e tive, a meu lado, sempre, pessoas que me amam, tanto como as amo. Se calhar tu que estás a ler...
Uma ou outra poderia, não era preciso ajudar, mas compreender o problema e facilitar... Mas... Mas não vou ser mau, o momento é de festa e Deus não favoreceu toda a gente.
Por falar em festa, já não gostava de foguetes, fiquei a odiar. Sim, mudaram algumas coisas. Dizem que estou mais falador e expansivo. Nunca fui muito reservado, mas actualmente, com o tamanho do meu ego e com a consciência (já a tinha) de que a vida é curta e que não é preciso ter um iphone no bolso ou um BMW na garagem para se ser feliz... Oh! Não quero cair em lugares comuns...
No fundo, não podemos controlar o que nos acontece, mas podemos controlar a forma como lidamos com isso.
O destino, tal como a linha da vida, está nas minhas mãos. Hoje andei de moto. 
Alguém acreditava há um ano?

sábado, 20 de outubro de 2018

Bom fim de semana

As opiniões são como os pões. 
Não é pões é pães.
Ok, as opiniães são como os pães...

A falta de noção devia pagar imposto!

"ninguém se consegue habituar à violência de acordar às 5h30 ou 6h00 da manhã."

Sábado

Reportagem a propósito dos locutores dos programas da manhã da rádio Comercial e RFM. Só me ocorre uma ideia: a falta de noção devia pagar imposto.

Sim, porque é muito difícil estar sentadinho num estúdio, climatizado, com todas as mordomias, "com palitos na boca", a conversar com os amigos, inventando/relatando/reinventando todo o tipo de piadas e estórias, sem filtros, só limitados pelas audiências. 

Fácil é acordar à mesma hora, preparar as crianças, muitas vezes duas e três, apanhar o autocarro para depois apanhar o metro, ou sobreviver à ponte, deixar as crianças na escola pública, "reapanhar" o metro ou o autocarro ou ambos, seguir para um qualquer trabalho mal pago, onde não há amigos, nem climatização, nem piadas, nem estórias, nem vida... trabalho que não acaba às 10/11 da manhã, mas prolonga-se pela tarde.

Mas como diz a reportagem, ninguém se consegue habituar...


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ou se nasce rico e estúpido ou não.

"Ou se nasce sexy ou não e eu sou uma mulher sexy".

Lili Caneças, Sábado

Problema Português

Em Portugal, existem leis a mais para "controlar" o espírito trapaceiro, vigarista e auto-flagelativo que possuímos. 
Essas mesmas leis, além de emperrarem OS POUCOS que querem ser honestos e andar dentro da lei, não conseguem travar esses mesmo trapaceiros porque já são feitas com alçapões e buracos que poderão ser achados e contornados e normalmente são. 
Resumindo: quem quer e é obrigado a cumprir, afoga-se em leis mais ou menos inúteis, estúpidas e emperrativas. Os que não querem cumprir essas leis ou cumprir parcialmente para obterem vantagens, arranjam alçapões e buracos que já foram lá deixados de propósito e gozam, alegremente, com o sistema que eles próprios criaram que, parecendo e querendo ser sério, não é.

CONFUSO? PORTUGAL É ISTO!!!

domingo, 7 de outubro de 2018

Sim

"Longo é o caminho ensinado pela teoria. Curto e eficaz é o caminho do exemplo."

Séneca

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Eu sei que é difícil, mas...

Por que razão, na nossa sociedade, ninguém gosta que lhe lembre que caga, isso mesmo, faz merda?

Adoro a formulação, redutora mas verdadeira, de Gabriel Garcia Márquez:

"O mundo está dividido entre os que cagam bem e os que cagam mal".

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Egas e o Becas são gays...

Polémica: uns criticaram dizendo que "lhe estragaram a infância"; outros regozijaram-se com esta revelação: isto é uma grande vitória, nomeadamente a comunidade LGBT; o autor da série calado era um poeta (não sei se é). Todos são anormais (consigo arranjar nomes mais qualificativos, mas não vale a pena) e não têm mais nada de útil para fazer na vida.

RAP defende, como sempre, uma posição genial: "Se uns bonecos de peluche estavam um com o outro a fazer coisas no rabo, sim senhor."


quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Tirada do contexto, mas...

inexoravelmente verdadeira. (em Portugal)

"Nunca haverá impostos que cheguem!"


Helena Garrido, Observador

sábado, 15 de setembro de 2018

E sim, é o que estão a pensar!

"Um dos maiores prazeres do Homem faz-se com cara de sofrimento."

A boneca de Koskoschka, Afonso Cruz

Andam para aí muitas notas soltas: desafinadas

"Korda classificava as pessoas por acordes musicais. Andava na rua a atribuir acordes às pessoas que se cruzavam com ele. Fazia o mesmo com os amigos, com os familiares, com os conhecidos e, às vezes, com objectos.
Um pessimista é um acorde menor.
Uma mulher sofisticada é um acorde de nona.
Uma adolescente com um vestido muito leve é um acorde de sexta.
Se mantiver um ar jovial depois dos trinta, é um acorde de décima terceira."

A boneca de koskoschka, Afonso Cruz

Já sei...

"Teve de aprender a tocar guitarra outra vez", do ínício. Ele é a prova de que a anamnese platónica é um facto. Reaprendeu a tocar ouvindo-se a si mesmo. Punham seus discos a tocar e tentava imitar-se. Conseguiu voltar a ser um grande guitarrista. "É por isso que eu gosto de Platão: aquela coisa de a nossa alma ter estado em contacto com as Ideias e de que, ao chegar aqui, à estação de Tercena, esquecemos tudo. E depois começa a vida, que não passa de tentar recordar aquele mundo das Ideias." 

 A boneca de Koskoschka, Afonso Cruz

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Num dia mau, nem meio copo :)

"A tentar determinar o consumo de álcool de uma senhora de setenta anos, para colocar nas notas. Estabeleci que o vinho é o seu veneno. Eu: “E que quantidade de vinho por dia, aproximadamente, é que a senhora bebe?” Paciente: “Num bom dia, cerca de três garrafas.” Eu: Ok... E num mau dia?”
Paciente: "Num mau dia, só consigo aviar uma.”"


Isto vai doer, Diário Secreto de um Médico, Adam Kay

No ânus. O resto é estória.

"A maioria destes pacientes sofre da síndrome de Eiffel “Eu cai, St. Doutor! Caí!” e as histórias de como as coisas lá entram podem ser da altura de arranha-céus (pense nisso, é apenas uma questão de tempo até que alguém tente sentar-se no picle), mas hoje é a primeira vez que acredito, de facto, na versão do paciente. Tratou-se de incidente credível e doloroso, com um sofá e um telecomando que me fez, pelo menos, franzir o sobrolho e pensar: “Bem, suponho que isto possa suceder? No entanto, depois da remoção do telecomando no bloco operatório, percebemos que tinha um preservativo, pelo que talvez não tenha sido bem um incidente."

Isto vai doer, Diário Secreto de um Médico, Adam Kay

segunda-feira, 10 de setembro de 2018

A negrito

"Para quem sonha com um Portugal mais limpo e decente, Joana Marques Vidal é mesmo a pessoa certa no lugar certo."

Público, João Miguel Tavares

Ups!

"Nunca devemos subestimar a estupidez humana."

Yuval Noah Harari

domingo, 2 de setembro de 2018

No Reino Unido, para ser médico, é necessária uma entrevista.

"É evidente que isto faz sentido: um médico deve estar psicologicamente apto para trabalhar - ser capaz de tomar decisões sob uma pressão terrível, dar más notícias a familiares angustiados, lidar diariamente com a questão da morte. E deve possuir algo que não pode ser memorizado ou classificado: um grande médico deve ter um coração enorme e uma aorta dilatada por onde bombeia um enorme lago de compaixão e bondade humana."

Isto vai doer, Adam Kay

Por cá, só são necessários dezoito,qualquer_coisa valores.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Manuel Maria Barbosa du Bocage

"A Água"

Meus senhores eu sou a água
que lava a cara, que lava os olhos
que lava a rata e os entrefolhos
que lava a nabiça e os agriões
que lava a piça e os colhões
que lava as damas e o que está vago
pois lava as mamas e por onde cago.

Meus senhores aqui está a água
que rega a salsa e o rabanete
que lava a língua a quem faz minete
que lava o chibo mesmo da raspa
tira o cheiro a bacalhau rasca
que bebe o homem, que bebe o cão
que lava a cona e o berbigão.

Meus senhores aqui está a água
que lava os olhos e os grelinhos
que lava a cona e os paninhos
que lava o sangue das grandes lutas
que lava sérias e lava putas
apaga o lume e o borralho
e que lava as guelras ao caralho

Meus senhores aqui está a água
que rega rosas e manjericos
que lava o bidé, que lava penicos
tira mau cheiro das algibeiras
dá de beber ás fressureiras
lava a tromba a qualquer fantoche e
lava a boca depois de um broche.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Ambivalência

Sinto-me mal por me estar a sentir bem
Por favor, não digas a ninguém.
Não reveles o abismo na minha alma,
Desculpa, tem um pouco mais de calma.

O sofrimento que o prazer me deu
Me tornou mais pequeno debaixo do céu,
Me familiarizou com a solidão
Que sempre almejou e me quis ter na mão.

Os sentidos que sempre uniram os cacos,
Me responsabilizaram pelos meus hiatos.
Cresceram em verdade e ironia,
Como a noite, sempre, preexiste ao dia.

A morte que sempre me assustou
Soube o preço, desistiu, não comprou.
Tanta vida no velório de um momento,
O meu aliado e confidente será o tempo.

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Difícil...

"O que quero dizer é que, quando pessoas civilizadas e socialmente competentes cospem veneno inesperado, é possível que o façam por razões estratégicas. Os alvos podem interpretar um raro acesso de fúria do seu chefe como feedback negativo merecido. E isso é capaz de os fazer trabalhar com mais afinco. Assim, e especialmente em situações competitivas, os idiotas temporários que repreendem, fulminam com o olhar ou ignoram pessoas que costumam tratar com simpatia e respeito podem, com essa atitude, estimular o desempenho."

Como sobreviver a um filho da p*ta, Robert Sutton

Loucos

"Então, direi à minha alma: tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe e regala-te.
Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?"

Lucas, 12

domingo, 5 de agosto de 2018

Praxes

"A imagem de marca dos pequenos tiranos - incluindo muitos "nazis de serviço" - é que o seu poder sobre um domínio restrito está associado ao baixo prestígio; fervem de raiva e amuam por causa da falta de respeito que suscitam. Este abuso de poder e de baixo estatuto social dá origem a uma mistura fatal - leva-os a descarregar as suas frustrações e ressentimentos nos outros. Nathanael Fast e os seus colegas da Universidade do Sul da Califórnia realizaram uma experiência que desencadeava este tipo de abusos em estudantes universitários."

Como sobreviver a um filho da p*ta, Robert Sutton

domingo, 29 de julho de 2018

E se os Xutos & Pontapés, tendo Marcelo e Costa no palco, cantassem Estupidez?

O saudoso Zé Pedro, se cá estivesse, gostaria muito dessa homenagem!!! 
Se não conhecem, vale a pena ouvir a música e interiorizar a letra.



Estupidez
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Gestores, tangas, aldrabões
Já só falam de milhões
Mesmo que o resto fique a olhar
Sem ter um sítio seu para morar

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto
Anda tudo aos papéis
E é por isso
Que a meu ver
Está tudo mal, está tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Uns à volta do tractor
Outros ó sr. doutor
Quem me tira desta aflição
Agarra-me aqui com a mão

Eu até era um homem honesto
Nunca fiz nada funesto
Pedi à Europa para me apoiar
E agora a minha sina é roubar

1º Ministro
1ª Dama
E tu, queres ir prá cama
Anda tudo a ver se mama
Nesta união da tanga

Qualquer dia é tudo inglês
Ou italiano
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto anda tudo aos papeis

E é por isso que a meu ver
Está tudo mal, tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Antes quero ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo

Antes quer ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Sapiens

Choro muitas vezes
Das vezes em que não me ri,
Quando o devia ter feito,
Por vergonha.
Acreditei que o riso fosse
Uma provocação, um abismo.
Uma negação do infinito,
Que está escrito.
Das vezes em que,
Alienado, não me ri,
Dos disparates que faço...
Das palavras que não controlo,
Que podem ser grandes e pequenas,
Em sentido,
Sofrido,
Como o que tenho vivido.
Das vezes em que me esqueço
Que sou um pormenor
Do tempo e do espaço
E que alguém,
Superior,
Ominisciente e Omnipresente,
Brinca comigo.
Me dá a luz.
Me faz acreditar que sou,
O que não sou.
Me chama, quando quer.
Como um carteiro, 
Que toca à campainha,
Abruptamente.
E que se diverte,
Com um humor pueril,
A ver-me repudiar a minha condição
Da forma menos honesta e menos colorida,
Como a terra é comida.
Das vezes em que,
Como se eu fosse uma marioneta,
Com os fios atados aos dedos,
Me move e me faz entrar e sair de cena,
A seu bel-prazer.
Das vezes em que, sem razão aparente,
Me pesa os sentimentos,
Me envelhece em passado, 
Me subtrai em bondade,
E me faz respirar
O ar frio com pulmões de
Verdade: nua, crua, dura, sua,
E rasga o futuro
Com mãos de veludo
Até ao início
Da festa.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Tantos...

"o caminho para a liberdade vai dar a uma prisão."

A boneca de kokoschka, Afonso Cruz

domingo, 8 de julho de 2018

A tentar crescer todos os dias

"O crescimento é um processo infindavelmente iterativo. Quando aprendemos algo novo, não vamos do «errado» ao «certo»; vamos do errado ao ligeiramente menos errado. E, quando aprendemos algo adicional, vamos do ligeiramente menos errado ao ligeiramente menos errado do que isso, e por aí fora."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Verdades do Não Dador

Quero o meu coração
Quero mesmo muito
Num golpe fortuito,
Num segundo
Acabava o mundo.
Anos e anos
Os dois
Os melhores amigos.
Para depois
Como inimigos,
Sentidos,
Nos separarem
Nos mal tratarem
Nos amordaçarem
Sem alma,
Com vil palma.
Somente a saudade
Ficava
Dos dois juntos
Que afinal
Se amavam
Se amarravam
Se misturavam
Com loucura.
Indiferentes
Ao momento
E ao tempo.
Que só sabiam
Viver assim.
Que do pó
Têm horror
Que da cinza
Têm pudor
E que precisam
De estar juntos.
Que se amam
E amarão.
Até que a morte
Só a morte
Os matará
Juntos.
Desde o primeiro segundo,
Até ao fim do mundo.
pp

Eu não lhe chamaria falta de ambição.

"Quando sabemos que aquilo que já possuímos é suficientemente bom, para quê stressar a procurar mais e mais e mais?"

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

domingo, 1 de julho de 2018

Actual... Num país tropical!

"As gotas de chuva quando caem na terra
Não pensam que vão morrer
Mas sim de que cor
Florescerão na Primavera."

Enciclopédia da estória Universal, Afonso Cruz

sexta-feira, 29 de junho de 2018

"Se alguém for melhor do que nós em alguma coisa, provavelmente é porque já falhou mais nisso do que nós."

Um violinista profissional já falhou mais vezes do que eu a tocar violino. E esta, ah...

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

Calculadora

"(...) se as coisas se resumem a ser eu que estou errado ou serem os outros todos, é muitíssimo mais provável que quem esteja errado seja eu."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

"Actualíssimo!"

"Ser capaz de entreter um pensamento sem o aceitar é sinal de uma mente instruída."

Aristóteles

quinta-feira, 28 de junho de 2018

Bom ou mau?

"Com um osso seduzimos um cão, com um poema seduzimos a morte."

Petar Stamboliski

Dedicado ao meu Piruças

"Confessei-te o milagre da bondade, senhor:
O meu cão,
Quando eu lhe atirava um pau,
Trazia-me uma flor na boca."

Petar Stamboliski

terça-feira, 26 de junho de 2018

"Vitimização Chique". Adoro o nome.

"Infelizmente, um efeito secundário da Internet e das redes sociais é que se tornou mais fácil do que nunca atirar as responsabilidades até pela mais ínfima das infracções para cima de qualquer outro grupo ou pessoa. De facto, este género de jogo de culpa/vergonha tornou-se popular; em certos grupos é mesmo visto como cool. A partilha pública de «injustiças» obtém mais acção e efusão emocional que a maioria dos outros eventos nas redes sociais, recompensando as pessoas que são capazes de se sentirem perpétuamente vitaminizadas com quantidades crescentes de atenção e empatia. 
(...)
O maior problema com a vitimização chique é que esta distrai a atenção das verdadeiras vítimas. É como o rapaz que gritava lobo. Quanto mais pessoas houver a proclamarem-se vítimas devido a infracções mínimas, mais difícil se torna ver quem são as verdadeiras vítimas.

A arte subtil de dizer que se foda, Mark Mason

segunda-feira, 25 de junho de 2018

Será que Deus joga Scrabble?

"Deus faria o resto. Lá em cima, o que Ele faz é jogar scrabble. As pessoas dão-lhe umas letras, julgam que sabem o que querem, mas não sabem, e Deus, com aquelas peças, reorganiza tudo e faz novas palavras. Tudo se resume a um jogo de salão."

A boneca de kokoschka, Afonso Cruz

A vida pode ser um jogo de Póquer!

"Vejo a vida da mesma maneira. Todos recebemos uma mão de cartas para jogar. Uns têm cartas melhores do que outros. E embora seja fácil ficarmos atolados nas nossas cartas, e sentir que fomos tramados, o verdadeiro jogo reside nas escolhas que fazemos com essas cartas, nos riscos que decidimos correr e nas consequências com que escolhemos viver. As pessoas que fazem consistentemente as melhores escolhas nas situações que lhes surgem são as que acabam por ter melhores resultados, no póquer e na vida. E essas não são necessariamente as pessoas que têm melhores cartas."

A arte subtil de dizer que se foda, Mark Mason

Ninguém ganha nas cartas e na vida se não tiver: paciência, inteligência, perspicácia, temperança e sorte. Conceito interessante...

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Disruptivo

"Não adianta andarmos à procura do Mal fora de nós. Temos de olhar cá para dentro, e isso faz-se muito facilmente: se, para vermos o que está fora, abrimos os olhos, para vermos o que está dentro, fechamo-los com força."

A boneca de kokoschka, Afonso Cruz

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Uma simples passagem no tradutor da Google faz... isto!!!

A simple pass in the Google translator does... this!!!

Sorry

I never believed in you,
I never respected you,
I never blamed you,
I will never judge you.
You did your job,
As you always do...
I thought I was holding you.
Hardened, you made me believe
That everything comes down to seconds,
A thousandth of a second.
Like a flame that can cause pain,
Or simply go off,
Omnipresent, you decide:
Alone.
Can I treat you for you?
Now we're close.
You are always present.
At all hours,
In all endeavor,
Throughout the work,
In all love,
In time of time.
They call you other things,
Scruffy, like I was:
Luck, ingenuity, chance, fatality.
Of all of you, because you were so simple,
honest, detached, inhuman and cruel.
I know now that:
A longer kiss,
A tighter hug,
A most affectionate affection,
A more vivid orgasm,
I had been spared
The fall!
Ironically,
We can call it that,
Because it was exactly:
Thus: to fall.
Without metaphors, without connotations.
But with much irony...
They call it Destiny.
pp

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Toyespantado

“Na minha noite de Natal, tenho sempre um saquinho de marijuana em casa”.

Depois de dizer que conduz o carro a alta velocidade com os joelhos, mais uma para a saga: 
Calado é um poeta.

domingo, 10 de junho de 2018

Conhecem alguém assim?

Mas o problema de se achar no direito é que leva as pessoas a precisarem de se sentir bem consigo mesmas o tempo todo, ainda que às custas de quem os rodeia. E como estas pessoas precisam de se sentir constantemente bem consigo mesmas, acabam por passar a maior parte do tempo a pensar em si mesmas. Afinal, precisamos de muita energia e esforço para nos convencermos de que a nossa merda não cheira mal, especialmente quando estivemos a viver numa sanita. 
(...)
Qualquer tentativa de as chamar à razão é vista, simplesmente, como mais uma «ameaça» à sua superioridade por mais uma pessoa que «não suporta» que eles sejam tão inteligentes/talentosos/bem-parecidos/bem-sucedidos. 
(...)
As pessoas que se acham no direito vêem todas as ocorrências da sua vida como uma afirmação, ou como uma ameaça à sua grandeza. Se lhes acontece algo de bom, é por qualquer feito grandioso que tenham cometido. Se lhes acontece algo de mau, é porque alguém tem inveja e tenta rebaixá-los. Achar-se no direito é impermeável. As pessoas que se acham no direito enganam-se a si mesmas com tudo o que alimente a sua sensação de superioridade. Mantêm a sua fachada mental de pé a qualquer custo, mesmo que isso por vezes exija ser física ou emocionalmente abusivo para quem os rodeia.

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

quinta-feira, 7 de junho de 2018

Ser médio tornou-se o novo padrão de fracasso.

"Tornou-se aceite pela nossa cultura acreditar que estamos  todos destinados a fazer algo de verdadeiramente extraordinário. É isso que dizem as celebridades. E isso que dizem os magnatas dos negócios. É isso que dizem os políticos. Até a Oprah o diz (por isso, deve ser verdade.) Todos e cada um de nós podemos ser extraordinários. Todos merecemos a grandeza.
O facto de esta afirmação ser inerentemente contraditória - afinal, se fôssemos todos extraordinários, por definição ninguém seria extraordinário - é negligenciado pela maioria das pessoas. E, em vez de questionarmos o que realmente merecemos ou não merecemos, aceitamos a mensagem e pedimos mais.
(...)
As raras pessoas que se tornam verdadeiramente excepcionais em alguma coisa não o fazem por acreditarem que são excepcionais. Pelo contrário, tornam-se fantásticas porque estão obcecadas pelo aperfeiçoamento. E essa obsessão pelo aperfeiçoamento deriva de uma crença implacável de que, na verdade, não são assim tão fantásticas. São a antítese do achar-se no direito. As pessoas que se tornam grandes em alguma coisa tornam-se grandes porque compreendem que ainda não são grandes são medíocres, são médias e que podem ser muito melhores."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

terça-feira, 5 de junho de 2018

Concordo tanto. 3

"Sejam quais forem os seus problemas, o conceito é o mesmo: resolva problemas, seja feliz. Infelizmente, para muitas pessoas, a vida não parece ser tão simples. Isso acontece porque estragam as coisas, pelo menos de uma das seguintes maneiras:

l. Negação. Algumas pessoas negam a própria existência dos seus problemas. E, como negam a realidade, têm de se distrair ou abstrair constantemente desta. Isto pode fazer com que se sintam bem a curto prazo, mas conduz a uma vida de insegurança, neurastenia e repressão emocional.

II. Há quem escolha acreditar que nada pode fazer para resolver os seus problemas, quando na realidade até pode. As vítimas procuram culpar os outros, ou as circunstâncias externas, pelos seus problemas. Isto fá-las sentirem-se melhor a curto prazo, mas conduz a uma vida de raiva, impotência e desespero.

As pessoas negam e culpam os outros pelos seus problemas pela simples razão de que é fácil e sabe bem, ao passo que resolver problemas é difícil e frequentemente desagradável."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson 

segunda-feira, 4 de junho de 2018

Concordo tanto. 2

"Uma das coisas que compreendeu foi esta: a vida, em si própria, é uma forma de sofrimento. O rico sofre por causa das suas riquezas. O pobre sofre por causa da sua pobreza. As pessoas sem família sofrem por não terem família. As pessoas com família sofrem por causa desta. As pessoas que procuram os prazeres terrenos sofrem por causa dos seus prazeres terrenos. Aqueles que se abstêm dos prazeres terrenos sofrem devido a esta abstenção. Isto não quer dizer que todo o sofrimento seja igual. Há sofrimento mais e menos doloroso. No entanto, todos temos de sofrer."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson 

domingo, 3 de junho de 2018

Desculpa

Nunca acreditei em ti,
Nunca te respeitei,
Nunca te culpei,
Jamais te julgarei.
Fizeste o teu trabalho,
Como sempre fazes...
Julguei ter-te na mão.

Empedernido, fizeste-me acreditar
Que tudo se resume a segundos,
A milésimos de segundo.
Como uma chama que pode causar dor,
Ou simplesmente apagar-se,
Omnipresente, tu decides:
Sozinho.
Posso tratar-te por tu?
Agora, somos íntimos.

Estás sempre presente.
Em todas as horas,
Em todo o empenho,
Em todo o trabalho, 
Em todo o amor,
No tempo do tempo.

Chamam-te outras coisas,
Desalinhados, como eu fui:
Sorte, engenho, azar, fatalidade.
De todas te ris porque foste tão simples,
honesto, desapegado, desumano e cruel.

Sei agora que:
Um beijo mais prolongado, 
Um abraço mais apertado, 
Um carinho mais sentido, 
Um orgasmo mais vivido,
Me tinham poupado
À queda!

Ironicamente,
Podemos chamar-lhe assim,
Porque foi exactamente:
Assim: à queda.
Sem metáforas, sem conotações.
Mas com muita ironia do...
Chamam-lhe destino.

Pp

sexta-feira, 1 de junho de 2018

Sofri bullying por causa disto!

"Seria educativo explicar que não é o sotaque do Norte, das Beiras, do Alentejo ou das Ilhas que faz das pessoas parolas. E que no Norte, nas Beiras, no Alentejo ou nas Ilhas há muita gente culta e educada que tem sotaque e faz questão de o manter."
Capicua, Visão
Fui muito gozado e até maltratado em adolescente quando mudei de escola e mantive o meu sotaque porque, na altura, não tive um adulto que me protegesse, nem percebia a diferença. Não me tratando mal, os adultos achavam piada à coisa e não reprimiam os meus colegas: é da "alerdeia", ainda me está no ouvido.
Não estou a falar de semântica, mas de fonética. Para, um lisboeta, por exemplo, picheleiro é uma profissão que não existe. Ainda bem que existe no Norte porque, se não existisse, não haveria água canalizada em casa (canalizador).
Estou a falar de fonética. Palavras como sónho, déntro, vénto e outras similares com a cereja no topo do bolo, infelizménte, são pronunciadas desta forma na minha terrinha, com as vogais (aqui acentuadas) totalmente abertas. E é lindo, muito lindo...

Visto desta forma...

"Imagine que está na mercearia e vê uma velha a gritar com o empregado da caixa, a refillar por ele não aceitar o seu capão de trinta cêntimos. Porque é que ela se importa? São só trinla cêntimos.

"Eu digo-lhe porquê: a velha, provavelmente, não tem nada melhor para fazer com os seus dias do que ficar sentada em casa a recortar cupões. É velha e solitária. Os filhos são uns baldes de merda que nunca a visitam. Há mais de trinta anos que não tem sexo. Não consegue dar um peido sem sentir uma dor forte no fundo das costas. A sua pensão está nas últimas e, provavelmente, vai morrer de fralda a pensar que está na Candy Land. Por isso, recorta cupões. É só isso que ela tem É só ela e os mal ditos cupões. Não tem mais nada a que dar importância."


A arte subtil de dizer saber dizer que se foda, Mark Manson

quinta-feira, 31 de maio de 2018

Charles Bukowski

Uma palavrinha sobre os fazedores de poemas rápidos e modernos

É muito fácil parecer moderno
enquanto se é o maior idiota
jamais nascido;
eu sei;
eu joguei fora um material horrível
mas não tão horrível como o que
leio nas revistas;
eu tenho uma honestidade interior
nascida de putas e hospitais
que não me deixará fingir que sou
uma coisa que não sou
— o que seria um duplo fracasso:
o fracasso de uma pessoa
na poesia
e o fracasso de uma pessoa na vida.
e quando você falha na poesia
você erra a vida,
e quando você falha na vida
você nunca nasceu
não importa o nome que sua mãe
lhe deu.
as arquibancadas estão cheias de
mortos
aclamando um vencedor
esperando um número que os
carregue de volta
para a vida, mas não é tão fácil assim
— tal como no poema
se você está morto
você podia também ser enterrado
e jogar fora a máquina
de escrever
e parar de se enganar com
poemas cavalos mulheres a vida:
você está entulhando a saída —
portanto saia logo
e desista das
poucas preciosas
páginas.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Concordo tanto. 1

"Nos tempos do nosso avô, ele sentia-se uma merda e pensava com os seus botões, «C'um caraças, hoje sinto-me mesmo uma bosta de vaca. Mas ora, a vida é mesmo assim. Bora lá apanhar o feno.» 
Mas e agora? Agora sentimo-nos uma merda, nem que seja por cinco minutos, e somos bombardeados com 350 imagens de pessoas completamente felizes, vivendo umas vidas tremendas, e é impossível não sentirmos que há algo de errado connosco. 
É esta última parte que nos perturba."


A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

sábado, 19 de maio de 2018

Consciência & Humildade

"A verdade é que, apesar das vendas e da fama, Bukowski era um falhado. E ele sabia-o. O seu sucesso não surgiu de qualquer determinação em ser um vencedor, mas do facto de saber que era um falhado, de o aceitar e escrever honestamente acerca disso. Nunca tentou ser nada que não fosse."

A arte subtil de dizer que se foda, Mark Mason

quinta-feira, 10 de maio de 2018

Comprei o livro pela primeira frase (em baixo). E pelo título, confesso!

"Charles Bukowski era alcoólico, mulherengo, viciado em jogo, malcriado, parasita, vadio e, nos dias piores, poeta." 

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson


É que nos últimos tempos tenho tido muitos dias: maus...

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Dá trabalho, muito trabalho...

"Eles (crianças e jovens) não suportam a sobrecarga. Deveria haver um maior controlo do tempo que as crianças passam no telemóvel. Até aos 7 anos de idade as crianças não deveriam usar o telemóvel. A partir dessa idade, apenas meia hora por dia. Aos doze anos uma hora de manhã e uma hora à tarde. O telemóvel vicia como drogas duras (já conhecia o conceito). Se tirarmos o telemóvel a um adolescente dois ou três dias, irá aparecer o síndrome de abstinência tal e qual alguém que usa cocaína: irritabilidade, frustração, humor depressivo, insónia e intolerância às dificuldades."

Augusto Cury, Prova Oral

Segundo esta perspectiva, dá imenso trabalho não "assassinar" emocionalmente uma criança. Quando chegam à primária são diagnosticadas com hiperatividade e encharcadas de Ritalina. Apresentam excesso de SmartPhones, de birras, de autocrescimento; faltando amor, natureza, atenção, joelhos arranhados e carinho!

segunda-feira, 30 de abril de 2018

Nietzsche

Nietzsche há muito nos ensinou, a beber de um só trago as tempestades que somos capazes de criar.

Será?

"O ciúme é a falta de si mesmo em primeiro lugar, e não do outro."

Augusto Cury, O Homem mais Inteligente da História

Não é fácil viver, cansado,
Não é fácil sorrir, irado,
Não é fácil seguir, a razão,
Quando a verdade está dentro do meu coração.

Não é fácil sonhar, acordado,
Não é fácil amar, maltratado,
Por mais que desfaça este presente,
Lamento mas ainda me sinto doente.

Tenho de pensar mais, em mim,
Desistir da culpa, tornando-me fim,
Gastar mais a alma do meu corpo mordaz,
Deixar o passado e viver em paz.
pp

sábado, 21 de abril de 2018

A culpa é dos privados...

Depois do Alpinismo Social aqui, se alguém do pseudo-Jet_Set português precisa:

- de uma escola para um dos filhos, escolhe um colégio privado;
- de um hospital ou clínica escolhe, pasmem-se, hospitais ou clínicas privados;
- de uma casa, escolhe uma com condomínio privado (fechado);
- de um banco, escolhe bancos privados com gestores de contas privados e 100% dedicados;
- de um serviço que, por acaso, o estado não oferece, cria uma empresa privada;
- de um emprego, trabalha numa empresa privada, de preferência que gira serviços públicos;
- de um bom carro, pede financiamento a um banco privado;
- de um lar: privado, parabéns adivinharam.
- de esconder dinheiro, escolhe ou cria offshores anónimos e, muitas vezes, privados.
- de um advogado, nos grandes julgamentos são sempre os mesmos, por isso, privados.

A CULPA DO ESTADO NÃO FUNCIONAR OU FUNCIONAR MAL, EM PORTUGAL, É DOS PRIVADOS!

sexta-feira, 20 de abril de 2018

Desleixo masculino/ Psicologia feminina

Um grupo de homens reuniu-se num seminário sobre como melhorar a vida conjugal.
O palestrante perguntou quantos deles ainda amavam as suas mulheres.
Todos levantaram a mão.
Então, ele perguntou qual a última vez que eles lhes tinham dito que as amavam.
A maioria não se recordava.

Então o palestrante sugeriu que eles pegassem nos seus telemóveis e escrevessem: "amo-te querida", enviando essa msg por sms. 
Por último, ele pediu-lhes que todos mostrassem as respostas:

1) Estás bem?

2) O que foi?

3) O que queres dizer com isso?

4) O que me queres pedir?

5) Se não me disseres para quem era esta msg, eu juro que te mato!

6) Nem te aproximes! Estou com o período!

7) Estás com alguma doença mental?

8) Que merda andaste a fazer?

9) Estás a beber novamente?


Mas a melhor de todas foi esta:

10) Quem é?


Enviado por um amigo (Adap.)

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Leito

A vida nem sempre faz
Justiça a quem vive em paz.
Não me lembro qual foi a razão
De ter estado tão perto do chão.

Sofri agruras enormes, foi o destino
Deitado no leito parecia um menino.
A maior de todas foi a solidão
Que me acompanhou e levou pela mão.

Tirei forças, de onde? não sei
fiz-me forte porque sempre lutei
O segredo foi ignorar a dor
até me tornar vencedor.