domingo, 3 de junho de 2018

Desculpa

Nunca acreditei em ti,
Nunca te respeitei,
Nunca te culpei,
Jamais te julgarei.
Fizeste o teu trabalho,
Como sempre fazes...
Julguei ter-te na mão.

Empedernido, fizeste-me acreditar
Que tudo se resume a segundos,
A milésimos de segundo.
Como uma chama que pode causar dor,
Ou simplesmente apagar-se,
Omnipresente, tu decides:
Sozinho.
Posso tratar-te por tu?
Agora, somos íntimos.

Estás sempre presente.
Em todas as horas,
Em todo o empenho,
Em todo o trabalho, 
Em todo o amor,
No tempo do tempo.

Chamam-te outras coisas,
Desalinhados, como eu fui:
Sorte, engenho, azar, fatalidade.
De todas te ris porque foste tão simples,
honesto, desapegado, desumano e cruel.

Sei agora que:
Um beijo mais prolongado, 
Um abraço mais apertado, 
Um carinho mais sentido, 
Um orgasmo mais vivido,
Me tinham poupado
À queda!

Ironicamente,
Podemos chamar-lhe assim,
Porque foi exactamente:
Assim: à queda.
Sem metáforas, sem conotações.
Mas com muita ironia do...
Chamam-lhe destino.

Pp

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