domingo, 29 de julho de 2018

E se os Xutos & Pontapés, tendo Marcelo e Costa no palco, cantassem Estupidez?

O saudoso Zé Pedro, se cá estivesse, gostaria muito dessa homenagem!!! 
Se não conhecem, vale a pena ouvir a música e interiorizar a letra.



Estupidez
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Estupidez gananciosa
Leva-me o país prá cova
Gestores, tangas, aldrabões
Já só falam de milhões
Mesmo que o resto fique a olhar
Sem ter um sítio seu para morar

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto
Anda tudo aos papéis
E é por isso
Que a meu ver
Está tudo mal, está tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Uns à volta do tractor
Outros ó sr. doutor
Quem me tira desta aflição
Agarra-me aqui com a mão

Eu até era um homem honesto
Nunca fiz nada funesto
Pedi à Europa para me apoiar
E agora a minha sina é roubar

1º Ministro
1ª Dama
E tu, queres ir prá cama
Anda tudo a ver se mama
Nesta união da tanga

Qualquer dia é tudo inglês
Ou italiano
Mas não português

E depois
E depois, morreram as vacas
Ficaram os bois
Foram-se os dedos
Ficaram os anéis
E o resto anda tudo aos papeis

E é por isso que a meu ver
Está tudo mal, tudo mal
Nesta Europa de Portugal

Qualquer dia é tudo francês
Ou alemão
Mas não português
Falta pedir ao rei espanhol
Licença para ir apanhar Sol

Antes quero ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo

Antes quer ser um Velho do Restelo
Que um fascista sem cabelo


segunda-feira, 16 de julho de 2018

Sapiens

Choro muitas vezes
Das vezes em que não me ri,
Quando o devia ter feito,
Por vergonha.
Acreditei que o riso fosse
Uma provocação, um abismo.
Uma negação do infinito,
Que está escrito.
Das vezes em que,
Alienado, não me ri,
Dos disparates que faço...
Das palavras que não controlo,
Que podem ser grandes e pequenas,
Em sentido,
Sofrido,
Como o que tenho vivido.
Das vezes em que me esqueço
Que sou um pormenor
Do tempo e do espaço
E que alguém,
Superior,
Ominisciente e Omnipresente,
Brinca comigo.
Me dá a luz.
Me faz acreditar que sou,
O que não sou.
Me chama, quando quer.
Como um carteiro, 
Que toca à campainha,
Abruptamente.
E que se diverte,
Com um humor pueril,
A ver-me repudiar a minha condição
Da forma menos honesta e menos colorida,
Como a terra é comida.
Das vezes em que,
Como se eu fosse uma marioneta,
Com os fios atados aos dedos,
Me move e me faz entrar e sair de cena,
A seu bel-prazer.
Das vezes em que, sem razão aparente,
Me pesa os sentimentos,
Me envelhece em passado, 
Me subtrai em bondade,
E me faz respirar
O ar frio com pulmões de
Verdade: nua, crua, dura, sua,
E rasga o futuro
Com mãos de veludo
Até ao início
Da festa.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Tantos...

"o caminho para a liberdade vai dar a uma prisão."

A boneca de kokoschka, Afonso Cruz

domingo, 8 de julho de 2018

A tentar crescer todos os dias

"O crescimento é um processo infindavelmente iterativo. Quando aprendemos algo novo, não vamos do «errado» ao «certo»; vamos do errado ao ligeiramente menos errado. E, quando aprendemos algo adicional, vamos do ligeiramente menos errado ao ligeiramente menos errado do que isso, e por aí fora."

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

quinta-feira, 5 de julho de 2018

Verdades do Não Dador

Quero o meu coração
Quero mesmo muito
Num golpe fortuito,
Num segundo
Acabava o mundo.
Anos e anos
Os dois
Os melhores amigos.
Para depois
Como inimigos,
Sentidos,
Nos separarem
Nos mal tratarem
Nos amordaçarem
Sem alma,
Com vil palma.
Somente a saudade
Ficava
Dos dois juntos
Que afinal
Se amavam
Se amarravam
Se misturavam
Com loucura.
Indiferentes
Ao momento
E ao tempo.
Que só sabiam
Viver assim.
Que do pó
Têm horror
Que da cinza
Têm pudor
E que precisam
De estar juntos.
Que se amam
E amarão.
Até que a morte
Só a morte
Os matará
Juntos.
Desde o primeiro segundo,
Até ao fim do mundo.
pp

Eu não lhe chamaria falta de ambição.

"Quando sabemos que aquilo que já possuímos é suficientemente bom, para quê stressar a procurar mais e mais e mais?"

A arte subtil de saber dizer que se foda, Mark Manson

domingo, 1 de julho de 2018

Actual... Num país tropical!

"As gotas de chuva quando caem na terra
Não pensam que vão morrer
Mas sim de que cor
Florescerão na Primavera."

Enciclopédia da estória Universal, Afonso Cruz