sábado, 27 de outubro de 2018

Pergunta para um milhão de euros

"Quando é que eu fui feliz?"

António Lobo Antunes

Não conhecendo nada da tua vida, leitor, respondo:
Quando acabaste de ler um livro.
Quando fizeste um filho.
Quando tiveste saúde.
Quando não tiveste fome.
Quando foste amado.
Quando amaste.
Quando sobreviveste à doença.
Quando tiveste uma cama quentinha.
Quando tiraste uma licenciatura.
Quando fizeste um poema.
Quando escreveste um livro.
Quando compraste algo.
Quando foste à casa de banho.
Quando inspiraste alguém.
Quando a canalha está bem.
Quando choraste.
Quando te riste.
Quando ajudaste e foste ajudado.
Quando foste tu.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Obrigado... Vocês sabem quem são.

Depois do meu problema de saúde, não gosto do nome "doença", as pessoas ficaram mais simpáticas e, na grande maioria, querem saber o que se passou e como está a correr a recuperação, com genuinidade. O meu Ego nunca foi muito pequeno, mas nesta altura encontra-se num estado de orgulho e grandiosidade tal que, por vezes, tende a ofuscar os que me rodeiam, coisa que nem sempre consigo evitar. Os médicos, desconcertados pelo meu/seu sucesso, não percebem muito bem o sucedido: o cérebro ainda é uma caixinha de surpresas, mas ficam felizes como eu fico quando um aluno meu tira uma boa nota: o sucesso dele, também é o meu sucesso e corrobora o meu trabalho.
Voltando ao início, as pessoas ficam felizes e perguntam, genuinamente, com verdade, pela minha recuperação porque, no fundo, sou uma prova viva que a capacidade humana de superação perante as adversidades é, como o meu/nosso cérebro, uma caixa de surpresas e que o destino está, provei-o, nas nossas mãos. E isso deixa-os mais calmos e tranquilos: no fundo, ao ouvirem a história, são siderados por algo que lhes dá esperança e lhes retira o fardo, por vezes pesado, da vida ou do actual momento.
Claro que ninguém consegue nada sozinho e tive, a meu lado, sempre, pessoas que me amam, tanto como as amo. Se calhar tu que estás a ler...
Uma ou outra poderia, não era preciso ajudar, mas compreender o problema e facilitar... Mas... Mas não vou ser mau, o momento é de festa e Deus não favoreceu toda a gente.
Por falar em festa, já não gostava de foguetes, fiquei a odiar. Sim, mudaram algumas coisas. Dizem que estou mais falador e expansivo. Nunca fui muito reservado, mas actualmente, com o tamanho do meu ego e com a consciência (já a tinha) de que a vida é curta e que não é preciso ter um iphone no bolso ou um BMW na garagem para se ser feliz... Oh! Não quero cair em lugares comuns...
No fundo, não podemos controlar o que nos acontece, mas podemos controlar a forma como lidamos com isso.
O destino, tal como a linha da vida, está nas minhas mãos. Hoje andei de moto. 
Alguém acreditava há um ano?

sábado, 20 de outubro de 2018

Bom fim de semana

As opiniões são como os pões. 
Não é pões é pães.
Ok, as opiniães são como os pães...

A falta de noção devia pagar imposto!

"ninguém se consegue habituar à violência de acordar às 5h30 ou 6h00 da manhã."

Sábado

Reportagem a propósito dos locutores dos programas da manhã da rádio Comercial e RFM. Só me ocorre uma ideia: a falta de noção devia pagar imposto.

Sim, porque é muito difícil estar sentadinho num estúdio, climatizado, com todas as mordomias, "com palitos na boca", a conversar com os amigos, inventando/relatando/reinventando todo o tipo de piadas e estórias, sem filtros, só limitados pelas audiências. 

Fácil é acordar à mesma hora, preparar as crianças, muitas vezes duas e três, apanhar o autocarro para depois apanhar o metro, ou sobreviver à ponte, deixar as crianças na escola pública, "reapanhar" o metro ou o autocarro ou ambos, seguir para um qualquer trabalho mal pago, onde não há amigos, nem climatização, nem piadas, nem estórias, nem vida... trabalho que não acaba às 10/11 da manhã, mas prolonga-se pela tarde.

Mas como diz a reportagem, ninguém se consegue habituar...


terça-feira, 16 de outubro de 2018

Ou se nasce rico e estúpido ou não.

"Ou se nasce sexy ou não e eu sou uma mulher sexy".

Lili Caneças, Sábado

Problema Português

Em Portugal, existem leis a mais para "controlar" o espírito trapaceiro, vigarista e auto-flagelativo que possuímos. 
Essas mesmas leis, além de emperrarem OS POUCOS que querem ser honestos e andar dentro da lei, não conseguem travar esses mesmo trapaceiros porque já são feitas com alçapões e buracos que poderão ser achados e contornados e normalmente são. 
Resumindo: quem quer e é obrigado a cumprir, afoga-se em leis mais ou menos inúteis, estúpidas e emperrativas. Os que não querem cumprir essas leis ou cumprir parcialmente para obterem vantagens, arranjam alçapões e buracos que já foram lá deixados de propósito e gozam, alegremente, com o sistema que eles próprios criaram que, parecendo e querendo ser sério, não é.

CONFUSO? PORTUGAL É ISTO!!!

domingo, 7 de outubro de 2018

Sim

"Longo é o caminho ensinado pela teoria. Curto e eficaz é o caminho do exemplo."

Séneca

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Eu sei que é difícil, mas...

Por que razão, na nossa sociedade, ninguém gosta que lhe lembre que caga, isso mesmo, faz merda?

Adoro a formulação, redutora mas verdadeira, de Gabriel Garcia Márquez:

"O mundo está dividido entre os que cagam bem e os que cagam mal".

terça-feira, 2 de outubro de 2018

O Egas e o Becas são gays...

Polémica: uns criticaram dizendo que "lhe estragaram a infância"; outros regozijaram-se com esta revelação: isto é uma grande vitória, nomeadamente a comunidade LGBT; o autor da série calado era um poeta (não sei se é). Todos são anormais (consigo arranjar nomes mais qualificativos, mas não vale a pena) e não têm mais nada de útil para fazer na vida.

RAP defende, como sempre, uma posição genial: "Se uns bonecos de peluche estavam um com o outro a fazer coisas no rabo, sim senhor."