segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Verdade

Na minha vida, tento ser honesto, quebrar o politicamente correto e as mentiras da contemporaneidade, em particular neste país pequeno em tamanho, mas grande em estupidez (se calhar o estúpido sou eu).
Esta honestidade é muito mais profunda do que a honestidade que se pretende, por exemplo, nos negócios. É uma honestidade ao encontro da verdade: nua, crua e dura.
Não é fácil.
Ou sou apelidado do contra ou sou apelidado de conflituoso. Por vezes, no trabalho ou na família, cansado, limito-me a encolher os ombros; lá está, para não criar mau ambiente, nem ser do contra. Muito menos conflituoso.
Nos dias que correm, quando alguém rompe o protocolo e faz afirmações "fora da caixa", leva com o mesmo rótulo. No espaço público esse rótulo é amplificado.
Apesar disso, ainda existem algumas pessoas como eu, eu quero acreditar que existem: que pensam pela sua própria cabeça e tentam retirar das fontes de informação disponíveis, altamente manipuladas, algo como: a Verdade. Já é a segunda vez que falo nela.

A verdade é que muitos dos refugiados que vieram para Portugal escolheram o nosso país em último lugar. A verdade é que os nossos políticos fazem, em grande escala, o que nós, cidadãos, fazemos em pequena. A verdade é que eles, políticos, e a classe alta da sociedade gastam milhões para viver numa capital mecenas que lhes dá, quase tudo, de borla. A verdade é que o estado deixou de poder ser social. A verdade é que a corrupção começa em baixo. A verdade é que quanto mais dinheiro recolhem em impostos, os nossos governantes, mais estragam e mais roubam. A verdade é que, em Portugal, ninguém está interessado na mudança. A verdade é que estamos a educar uma geração de irresponsáveis, imaturos, mal-educados e preguiçosos. A verdade é que somos uns bananas, que nem nos indignamos como deve ser. A verdade é que a falta de noção está generalizada.

BOM ANO 2019!

Metáfora

"Infelizmente, a vida é tão incorrigível como uma criança e está constantemente a fazer birras, a desenterrar mortos e outras coisas que tais."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

sábado, 29 de dezembro de 2018

Parece que sou suficientemente estúpido!

"E não nos arrependemos de quase tudo? Sobretudo das coisas que deixamos escritas, as que hão-de nos sobreviver. Os actos nunca; esses passam, um dia destes já ninguém se lembra. Mas se formos suficientemente estúpidos para deixar alguma coisa no papel, então o caso muda de figura."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

Fazer o quê?

"que seria em vão; que todas as minhas palavras seriam nada mais do que ar saindo da minha boca, engolidas pela indiferença."

Biografia involuntária dos amantes, João Tordo

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Já percebi

Por que razão enchemos a canalha de brinquedos?

Porque queremos aumentar o nosso EGO e não o deles.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Mos Maiorum

"A sabedoria do passado foi conquistada a pulso, e os nossos antepassados podem ter algo útil a dizer."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida


Experiência Empírica

"Algumas crianças estão desesperadas por regras e estrutura, sentindo-se bem até em ambientes mais rígidos. Outras, com pouca consideração pela previsibilidade e pela rotina, são imunes a exigências, até mesmo as de ordem mínima e necessária. Algumas são muito imaginativas e criativas, e outras mais concretas e conservadoras. Todas estas diferenças são profundas, importantes, e fortemente influenciadas por factores biológicos, difíceis de modificar socialmente. Felizmente, perante tanta variabilidade, somos os beneficiários de diversas reflexões importantes quanto ao uso apropriado do controlo social."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Boa

"A felicidade é a aceitação do que se é e se pode ser."

Valter Hugo Mãe, O filho de mil homens

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Bondade vs. Justiça

Nós últimos tempos tenho sido confrontado por uma pessoa muito próxima com a falta de bondade,  falta de bondade no mundo civilizado... Estou a brincar. Falta de bondade em mim próprio, nas minhas acções.
Esta falta de bondade, segundo a própria, resulta do meu temperamento intempestivo e revoltado perante situações que, na minha opinião, fogem à normalidade, ou à minha normalidade. Esta "anormalidade" que me causa fúria, é este o nome, quase sempre controlada, resulta da falta de justiça, mesmo injustiça, nos mais diversos campos da minha escala de valores. Escala de valores construída através de uma educação formal, sólida e monástica. Educação baseada no Mos Maiorum romanomuito ao gosto da minha mãe. Toca a pesquisar.
Nesta fase da minha vida, o meu sentido de justiça está mais apurado do que nunca, cada vez mais, mais apurado do que o meu sentido de bondade. Sei que não posso mudar o mundo, mas tenho menos paciência, cada vez menos, com faltas de educação, com ultrapassagens em filas de supermercado, com cinismo, com maldade. No fundo, com o chico-espertismo muito presente e caracterizador da sociedade portuguesa.
Trocando isto por miúdos, por exemplo, se uma qualquer pessoa me pedir uma esmola porque é preguiçoso, não trabalha, não se esforça, respondo com justiça: não sou bom, não merecem, não dou. Parece que este exemplo foi escolhido de propósito para te trazer para o meu lado, caro leitor, mas manifesta-se em trivialidades. Se eu sei que uma qualquer pessoa, através das suas acções passadas, nunca me emprestaria um qualquer objecto se eu precisasse, ficando prejudicada momentaneamente com esse empréstimo, também não faço o esforço para lhe emprestar algo, caso precise: aconteceu recentemente. Por que razão eu tenho de ser bom, e emprestar-lhe algo, prejudicando-me ou não, se a justiça me manda não o fazer? Não serei bom, mas sou justo.
Entre justiça e bondade, escolho justiça. Não gostam? Tenho pena mas, lá está, é justo.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Eu sei

"A dor é mais potente do que o prazer, e a ansiedade mais forte do que a esperança."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

domingo, 16 de dezembro de 2018

Para um tal de Sá

"As crianças são perfeitamente capazes de achar que podem sobreviver se comerem apenas cachorros-quentes, frango panado e doces..."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Mau

Os efeitos da abstinência forçada do telemóvel são muito semelhantes aos efeitos da abstinência de drogas duras.

Exagero? No Japão já existem campos de desintoxicação.

Este comentário é de quem...

não conhece a escola pública, por exemplo: na Amadora, no Cerco, no Seixal, no Barreiro, na Apelação, e em muitas outras.
Está habituado a ter os filhos nos colégios da capital, ou a perceber a escola através das escolas dos filhos dos amigos, que frequentam, acertaram: os mesmos colégios.
A escola precisa de REGRAS. O que falta nas escolas actuais são REGRAS. Posso usar um sinónimo: DISCIPLINA. Ah! E consequências. Não existem regras, nem consequências. "As crianças amam a escola" PahhhhHHHH

"As crianças amam a escola! Mas a escola não tem amado as crianças. E deve-lhes isso; com urgência! A escola, todas as escolas, deviam ser uma “república das crianças”. Onde, considerando a escola, as crianças sejam o principal e os professores o indispensável."

Eduardo Sá 

sábado, 15 de dezembro de 2018

Este, assume. :)

"Eu lembro-me de memorizar decotes no autocarro para fazer uso deles mais tarde."

RAP, Governo Sombra

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

A minha vida é excelente! Sou muito feliz!

"Se a sua vida não corre bem, talvez o seu conhecimento atual seja insuficiente, e não a vida em si. Talvez a sua estrutura de valores precise de ser reformulada. Talvez aquilo que ambiciona o esteja a cegar a tudo o que podia ser. Talvez, no presente, esteja tão agarrado aos seus desejos que não consegue ver mais nada - mesmo aquilo de que realmente precisa."

12 Regras para a Vida, Jordan Peterson

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Momento de comédia

"Augusto Santos Silva, ministro, ainda a acabar de puxar as calças para cima depois da visita do presidente chinês, afirmou: nós não podemos ser ambíguos no combate a qualquer forma de regime autoritário."

RAP, Governo Sombra

sábado, 8 de dezembro de 2018

Assino

"Eles apontam com o dedinho trémulo a “homofobia”, o “machismo”, o “racismo” e o que calha de ferir a “sensibilidade” de “minorias” largamente imaginárias. Eles são bons e castos e superiores."

Alberto Gonçalves, Observador

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Difícil

"Se tem um amigo que não recomendaria à sua irma, ao seu pai, irmão, filho, porque tem esse amigo? Pode dizer-me: por lealdade. Bem, lealdade não é o mesmo que estupidez. A lealdade tem de ser negociada, justa e honesta. A amizade é um arranjo recíproco. Não estamos moralmente obrigados a apoiar alguém que está a fazer do mundo um lugar pior. Pelo contrário. Devemos escolher pessoas que querem que as coisas melhorem em vez de piorarem. É algo bom, e não fruto do egoísmo, escolher alguém que seja bom para nós. É apropriado e louvável que nos associemos a pessoas cujas vidas melhorariam caso vissem que a nossa vida melhorava."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Conhecem alguém assim?

"Talvez a miséria do outro seja a sua arma e ódio contra aqueles que conseguiram ascender, enquanto ele se foi afundando. Talvez essa miséria seja a tentativa de provar a injustiça do mundo, em vez de uma prova do pecado dessa pessoa, das suas falhas, da sua recusa em prosperar e viver. Talvez a disposição para sofrer e fracassar seja inesgotável, tendo em conta aquilo que essa pessoa tenta provar com o sofrimento. Talvez seja a sua vingança do Ser."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

Ah, pois é!

"A pessoa que tenta e falha, e que é perdoada, e que volta a tentar e a falhar, e é desculpada, é com demasiada frequência a pessoa que quer que todos acreditem na autenticidade da sua tentativa."

Jordan Peterson, 12 Regras para a Vida

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Na caixa

"Estranho mundo, este, em que os defensores da democracia sonham com a instituição de uma ditadura."

João Pereira Coutinho, Sábado