"Toda a gente sabe que a corrupção e o roubo se tornaram constitutivos da sociedade portuguesa, que o compadrio, a gatunagem, o arranjismo e o nepotismo são a essência da própria estrutura social.
O que não deixa de surpreender é o esforço dos jornalistas e dos comentadores para apresentarem o roubo, a mentira e o latrocínio como anomalias. É o empenho dos detentores do poder político em tentarem convencer-nos de que nunca entregaram os recursos do Estado a interesses obscuros que perseguem objectivos exclusivamente clientelares, que actuam apenas por motivos privados e pessoais (dinheiro, reputação, influência, sexo, etc.), sem nunca considerarem o bem comum. E, melhor ainda, em garantir-nos que não são marionetas manipuladas por essas entidades que dispõem de poderes muito mais amplos e difusos."
João Pedro George, Sábado
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