sábado, 27 de julho de 2019

Lúcido

"Nunca, salvo em momentos assaz específicos e justificáveis, estive desgraçadamente mal. Nunca, salvo em momentos breves e curiosos, me ocorreu que não podia estar melhor. Nunca, até por desconhecimento das consequências das alternativas, me congratulei pelas decisões que tomei ou me arrependi das decisões que não tomei. Nunca me tive em grande ou pequena conta: procuro não me ter em conta. Tenho tido, tudo somado, sorte. E, em doses aceitáveis, alguns azares. Nas pessoas, nos lugares, no trabalho e na saúde, nos ganhos e nas perdas. Não me posso queixar, embora me queixe com frequência e ocasionalmente com razão. Se o que importa não é fazer anos, e sim o que fazemos com os anos..."

Alberto Gonçalves, Observador

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