segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Difícil

Dizia o João Cabral que se morre da morte que ela quer, mas (...) não vejo por que é que o valor da vida há-de continuar a prevalecer sobre o valor de uma morte serena e sem sofrimento.

Lembro-me muitas vezes do epitáfio do Sena ao Casais Monteiro, em que se perguntava: «Como se morre, Adolfo?». Vejo agora que é assim.

Oxalá possamos dizer boa noite assim, tão sem ressentimento contra a morte, contra vida.

O importante é não azedar, dar o troco com um sorriso...


Nuno Rocha Morais

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