quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Síndrome da abelha rainha
"Não acredito que sejam só os homens o travão para as mulheres chegarem às posições de poder. (...) O síndrome da abelha rainha é uma metáfora para dar a ideia que as mulheres não se ajudam muito umas às outras quando chegam a posições de poder e que tratam mais severamente os subordinados do que os homens, em particular se forem outras mulheres. Elas não cooperam tanto como os homens são capazes de cooperar, aliás, elas próprias se queixam disso."
Paulo Finuras, Prova Oral
Se puderem ouvir esta Prova Oral, aconselho aqui.
Conceito muito interessante!
B - C > 0
Aos benefícios que são obtidos em qualquer ação humana, retiramos os custos. No final, o resultado terá de ser maior do que zero!
Paulo Finuras, Prova Oral
Aos benefícios que são obtidos em qualquer ação humana, retiramos os custos. No final, o resultado terá de ser maior do que zero!
Paulo Finuras, Prova Oral
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Confirmo!!!
"As mulheres odeiam as mulheres. É nisto que acredito. A natureza das mulheres é a de não apoiar outras mulheres. É realmente triste. Os homens protegem-se entre eles e as mulheres protegem os seus homens e os filhos."
Madonna
sábado, 3 de dezembro de 2016
sábado, 26 de novembro de 2016
Ok, mas eu gosto daqui...
Na Holanda vive-se sem necessidade de pedir favores, meter cunhas, pagar luvas (...) Portugal dói-me. Outras vezes, envergonha-me, enraivece-me, faz-me desesperar.
J. Rentes de Carvalho, Correio de Domingo
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
M.L.
Vi-te a nascer, a aparecer, do ventre materno,
Peguei em ti e logo senti um amor eterno.
Peguei em ti e logo senti um amor eterno.
Enchente os pulmões, bebeste sensações, seguiste em frente,
Desde esse dia, senti que sentia, o coração quente.
Abriste os olhos, despertaste dos sonhos, encheste a sala,
Como princesa, vesti-te na mesa, um traje de gala.
És o meu mundo, o bem mais profundo, a jura cumprida,
Despertas nos teus, o azul dos céus, o sentido da vida.
Já andas e falas, nunca te calas, estás sempre a cantar,
Tens uma aura, um "sei lá" que não fala, não sei explicar.
Quando me abraças, és o meu cinto das calças, és o meu analgésico,
Quando preciso, penso no teu sorriso, não preciso do médico.
Tens uma aura, um "sei lá" que não fala, não sei explicar.
Quando me abraças, és o meu cinto das calças, és o meu analgésico,
Quando preciso, penso no teu sorriso, não preciso do médico.
O teu futuro, será sempre seguro, comigo por perto.
Sou um pai protector, aliviarei qualquer dor, morrerei no deserto.
Peço ao destino, que me dê muito tino, para te proteger,
Estarei sempre aqui, velarei por ti, até adormecer.
Sou um pai protector, aliviarei qualquer dor, morrerei no deserto.
Peço ao destino, que me dê muito tino, para te proteger,
Estarei sempre aqui, velarei por ti, até adormecer.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
segunda-feira, 21 de novembro de 2016
Falta de homens. Muito bom!
"Há uma falta de homens enorme. Anda aí o mulherio todo, miúdas giras completamente sozinhas. (...) Primeiro os homens estão com o mal da fruta, há muitos com o mal da fruta, passaram-se para o outro lado. Há outros que são bi. Os que não estão em nenhum destes grupos descobriram que não precisam de se comprometer quando podem todas as noites engatar alguém. O problema é que o relógio das mulheres faz com que elas queiram assentar, as mulheres sonham todas com o príncipe encantado, o cavalinho, a história toda, e isto existe, neste momento há uma solidão enorme e isto é sem dúvida um problema gravíssimo."
Luísa Castelo Branco, Prova Oral (adap.)
domingo, 20 de novembro de 2016
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
No Facebook passam-se grandes coisas. As pessoas escrevem de mais e lêem de menos. Estamos numa época de narcisismo, como se nos estivéssemos permanentemente a ver ao espelho(...).
J. L. Pio Abreu, Revista Sábado
quarta-feira, 16 de novembro de 2016
segunda-feira, 14 de novembro de 2016
Momento
Não sei se estou triste,
se sou triste.
A vida é feita de momentos,
bons, maus, de azar, de sorte:
a vida é a matemática da morte.
se sou triste.
A vida é feita de momentos,
bons, maus, de azar, de sorte:
a vida é a matemática da morte.
A sorte da decisão,
do momento,
Pode sair do coração
e mudar qualquer contratempo.
Nos momentos há decisões,
encruzilhadas, duas estradas.
A poesia dos momentos
pode ser bela, com metáforas e aliterações,
ironias e comparações.
Mas também pode ter hipérboles,
anástrofes, elipses...
encruzilhadas, duas estradas.
A poesia dos momentos
pode ser bela, com metáforas e aliterações,
ironias e comparações.
Mas também pode ter hipérboles,
anástrofes, elipses...
O momento da decisão ou a decisão do momento,
pode ser fim e início ao mesmo tempo.
Eu não quero ser um momento.
Eu quero ser o momento.
Eu não quero ser um momento.
Eu quero ser o momento.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Whashington Olivetto
Nós homens somos muito pretensiosos, mas as mulheres são, sem dúvida, intelectualmente superiores.
Prova Oral, Antena 3
Prova Oral, Antena 3
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
A.C.
E se não há mais nada?
Se somos apenas corpo,
Se somos apenas isto:
Pó...
Cinza...
Lembrança...
Uma foto a preto e branco
que alguém se esqueceu de queimar.
E se nascemos
e depois morremos
e não há mais nada
e acaba tudo.
E se todo o sofrimento acaba...
em vão!
E se todas as alegrias são,
só, remendos da existência.
E se não houver mesmo nada,
e a morte for a portagem desse nada,
onde as almas são apenas e só
mentiras do tudo que foi tudo e que agora é nada.
E se não houver mesmo nada,
E se não nos encontrarmos em qualquer lugar,
Acredita que te amei desde o primeiro momento,
Que foste tudo pelo menos para mim,
E que desejo ardentemente ter sido tudo para ti,
E o nada do nada nunca poderá apagar isso.
Amo-te.
quinta-feira, 3 de novembro de 2016
Estou doente de futuro
A depressão é a doença das pessoas que estão doentes de passado, e a ansiedade é a doença das pessoas que estão doentes de futuro.
Luís Osório
Benfica
Não me lembro da primeira vez que te vi, mas sei que gostei de ti. Não sei por que razão és tão importante para mim, sei que te amo desde que me conheço. És o primeiro amor da minha vida, sempre serás, nunca perderás esse lugar. A primeira paixão é a mais forte.
Por vezes, o meu humor confunde-se com o teu sucesso. Sinto-me triste quando perdes. Também não gosto de perder. Nunca gostei. Mesmo perdendo, alegro-me quando dás tudo, quando deixas a pele em campo, quando ultrapassas os limites, quando valorizas as vitórias do adversário.
Sou apenas mais um dos muitos que gostam de ti, guardo um bocadinho de ti dentro de mim. Não sei explicar esta paixão.
Posso trocar tudo, pode mudar de rumo, de cidade, de trabalho, de vida, mas vou sempre gostar de ti.
Uma paixão não se explica. Vive-se. Sente-se. Consome-se, consome-nos...
Gostava de transmitir esta paixão aos meus filhos. É bom partilhar paixões com os outros que também amamos. Sei que não se sentirão enciumados, porque entenderão esta paixão que também será a deles. Pelo contrário, saberão colocar no lugar certo os sentimentos que nos caracterizam enquanto humanos.
Há coisas mais importantes na vida, sei que sim, há coisas mais úteis, também, mas nada me faz mais feliz do que tu. Gosto de ser assim.
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
Casa Amarela
"Se você conversar com muitos malucos, mais dia, menos dia, você vai descobrir um génio."
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
Bom ou mau? Confuso...
- Tenho saudades de minha casa, lá na Itália.
- Também eu gostava de ter um lugarzinho meu, onde pudesse chegar e me aconchegar.
- Não tem, Ana?
- Não tenho? Não temos, todas nós, as mulheres.
- Como não?
- Vocês, homens, vêm para casa. Nós somos a casa.
Mia Couto, O Último Voo do Flamingo, Caminho
- Também eu gostava de ter um lugarzinho meu, onde pudesse chegar e me aconchegar.
- Não tem, Ana?
- Não tenho? Não temos, todas nós, as mulheres.
- Como não?
- Vocês, homens, vêm para casa. Nós somos a casa.
Mia Couto, O Último Voo do Flamingo, Caminho
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
terça-feira, 18 de outubro de 2016
Portugal!
Afonso bateu na mãe,
Adamastor deixou ir mais além.
Moniz foi esmagado,
Pombal estava errado.
Adamastor deixou ir mais além.
Moniz foi esmagado,
Pombal estava errado.
José muito reinou,
Sócrates nada roubou.
Sá Carneiro foi acidente,
João IV estava doente.
Sócrates nada roubou.
Sá Carneiro foi acidente,
João IV estava doente.
O Galo foi verdade,
Fátima foi milagre.
Inês morreu de paixão,
Isabel transformou o pão.
Fátima foi milagre.
Inês morreu de paixão,
Isabel transformou o pão.
Nuno vendeu as espadas,
Salazar tinha namoradas,
A Sebastião alguém o vira,
Portugal é uma mentira!
Salazar tinha namoradas,
A Sebastião alguém o vira,
Portugal é uma mentira!
domingo, 16 de outubro de 2016
Quadrado? Eu? Cada vez mais redondo...
"É importante haver um desprendimento e sobretudo tabelarmos as expectativas para que fiquemos gratos pelo que temos, mais do que estarmos permanentemente ansiosos para ter alguma coisa que não temos.
Tento celebrar o que a vida já me deu e o que a vida me dá e tento sobretudo não desperdiçar as pessoas, não deixar que as pessoas que eu gosto possam duvidar que gosto delas."
Valter Hugo Mãe
quinta-feira, 13 de outubro de 2016
Sim...
"O que acontece é que as pessoas desinteressam-se dos trabalhos e não os fazem bem porque não têm poder de decisão. A sociedade tem de encontrar mecanismos de colocar mais próximo os que pensam e os que fazem. Esta separação entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, entre o trabalho de direção e de base é péssimo." (Adap.)
Raquel Varela, Prova Oral
quarta-feira, 12 de outubro de 2016
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
Bola de Sabão
Sinto o silêncio nas veias
Cada vez que, sozinho, procuro a razão
pela qual somos apenas o que somos:
um capricho do universo,
uma birra da existência,
que insiste em pensar que é mais importante do que verdadeiramente é,
e que, por isso, comete todo o tipo de desumanidades
quando pensa que se pode
eternizar.
Para o universo somos menos que uma bola de sabão, muito menos.
Quem nos dera ser uma bola de sabão.
Eu queria ser uma bola de sabão.
A verdadeira sabedoria está em perceber que nunca chegaremos
perto da existência de uma bola...
de sabão!
Cada vez que, sozinho, procuro a razão
pela qual somos apenas o que somos:
um capricho do universo,
uma birra da existência,
que insiste em pensar que é mais importante do que verdadeiramente é,
e que, por isso, comete todo o tipo de desumanidades
quando pensa que se pode
eternizar.
Para o universo somos menos que uma bola de sabão, muito menos.
Quem nos dera ser uma bola de sabão.
Eu queria ser uma bola de sabão.
A verdadeira sabedoria está em perceber que nunca chegaremos
perto da existência de uma bola...
de sabão!
3 regras.
"Três regras: não prometa nada quando estiver feliz; não responda nada quando estiver irritado; não decida nada quando estiver triste."
Tati Bernardi
quarta-feira, 5 de outubro de 2016
Duas linhas paralelas
Duas linhas paralelas
muito paralelamente
iam passando entre estrelas
fazendo o que estava escrito:
caminhando eternamente
de infinito a infinito.
Seguiam-se passo a passo
exactas e sempre a par
pois só num ponto do espaço
que ninguém sabe onde é
se podiam encontrar
falar e tomar café.
Mas farta de andar sozinha
uma delas certo dia
voltou-se para a outra lina
sorriu-lhe e disse-lhe assim:
“Deixa lá a geometria
e anda aqui para o pé de mim...”
Diz-lhe a outra: “Nem pensar!
Mas que falta de respeito!
Se quisermos lá chegar
temos de ir devagarinho
andando sempre a direito
cada qual no seu caminho!”
Não se dando por achada
fica na sua a primeira
e sorrindo amalandrada
pela calada, sem um grito
deita a mãozinha matreira
puxa para si o infinito.
E com ele ali à frente
as duas a murmurar
olharam-se docemente
e sem fazerem perguntas
puseram-se a namorar
seguiram as duas juntas.
Assim nestas poucas linhas
fica uma história banal
com linhas e entrelinhas
e uma moral convergente:
o infinito afinal
fica aqui ao pé da gente!
José Fanha
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Se queres testar a amizade de um amigo...
Convida-o para lanchar e vê se ele te deixa comer a parte do meio da torrada
ou
domingo, 2 de outubro de 2016
Telepatia
Fumo um cigarro e controlo o tempo,
Travo uma passa e compro o momento,
Bebo um café e tudo é perfeito,
Sou muito feliz assim deste jeito.
Escrevo um poema e peço um cinzeiro,
Sinto-me mais hábil que um relojoeiro,
Compro mais um maço e tusso o catarro,
Pode faltar tudo menos um cigarro.
Sinto ambivalência nos meus sentimentos,
Amo o meu corpo e os bons momentos,
Sofro com a perda mas mantenho a calma,
Salvo a minha vida mas perco a minha alma!
Travo uma passa e compro o momento,
Bebo um café e tudo é perfeito,
Sou muito feliz assim deste jeito.
Escrevo um poema e peço um cinzeiro,
Sinto-me mais hábil que um relojoeiro,
Compro mais um maço e tusso o catarro,
Pode faltar tudo menos um cigarro.
Sinto ambivalência nos meus sentimentos,
Amo o meu corpo e os bons momentos,
Sofro com a perda mas mantenho a calma,
Salvo a minha vida mas perco a minha alma!
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
Divertidamente
"Eu acredito na sorte: de que outra maneira podemos explicar o sucesso daqueles de quem não gostamos?"
Jean Cocteau
terça-feira, 27 de setembro de 2016
אישה
Mais do que
Uma costela,
Longe de seres apenas uma peça do
Homem puzzle que significas.
És e sempre serás a
Récita do mais belo poema de amor!
segunda-feira, 26 de setembro de 2016
A culpa morreu solteira?
"A privacidade começa a ser, cada vez mais, um sinal exterior de riqueza..."
Raquel Varela, O último apaga a luz, RTP3
Raquel Varela, O último apaga a luz, RTP3
?
domingo, 25 de setembro de 2016
sábado, 24 de setembro de 2016
Ui!
"O problema não é escolher uma mulher. O problema é você desistir de todas as outras."
Todas as mulheres do mundo, Domingos Oliveira
Todas as mulheres do mundo, Domingos Oliveira
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Madness
" (...) a loucura, quando dá a um grande número de pessoas, chama-se sociedade contemporânea."
In "Jesus Cristo Bebia Cerveja", Afonso Cruz
In "Jesus Cristo Bebia Cerveja", Afonso Cruz
quarta-feira, 21 de setembro de 2016
terça-feira, 20 de setembro de 2016
Melhor que a formulação original...
"Lembra-te de que quando Deus fecha uma porta abre-nos um livro."
In "Jesus Cristo Bebia Cerveja", Afonso Cruz
In "Jesus Cristo Bebia Cerveja", Afonso Cruz
segunda-feira, 19 de setembro de 2016
Excitare
De manhã acordo e pareço mudo,
com falta de sono, tenho falta de tudo:
Os vidros da alma estão todos partidos,
A luz da manhã fere-me os ouvidos,
A noite foi longa ainda ouço gemidos!
Saio porta fora e fumo um café,
Sento-me no palco do Cais do Sodré:
Recebo o ardina com notícias más,
O mundo em guerra e eu sem a paz,
O azul é preto, o verde é lilás!
Depois da torrada chega a melodia,
De Chopin ou Schubert parece outro dia:
A minha cabeça já não é passado,
A raiva do mundo foi para outro lado,
Saio e pago a conta com o olhar transformado.
sábado, 17 de setembro de 2016
Copo cheio ou copo vazio?
George Orwell disse um dia que pertencia à parte alta da classe média baixa.
Curiosamente eu também pertenço.
quarta-feira, 14 de setembro de 2016
Não é preciso ir ao oftalmologista!
"As palavras só têm sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos."
Rubem Alves
Digo eu que não percebo nada disto!
Rubem Alves
No fundo as palavras são os óculos da mente. Ajudam-nos a compreender o mundo. Formam o pensamento das crianças. Aguçam o engenho, a criatividade... São um pouco de nós, fazem parte de nós.
Quantas mais palavras conhecemos, melhor conhecemos o mundo que nos rodeia e melhor o pensamos.
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
Perturbador!
"A morte não é o contrário à vida, a morte é o contrário ao nascimento. A vida não tem contrário".
Deepak Chopra
sábado, 10 de setembro de 2016
Velha
Vi uma velha, cheia de velha,
Cara de rugas, olhos de menina.
Bege carranca, branco gadelha,
fedor a preto e a naftalina.
Já fora nova, cheia de nova,
fogo no rosto, luz no olhar.
Agora dormia, sentada na cova,
Caronte virá para a abraçar.
O espectro da velha, fez-me pensar,
tirou-me a paz, roubou-me a calma.
Tudo apodrece, menos o olhar,
porque ele é o espelho da alma!
Cara de rugas, olhos de menina.
Bege carranca, branco gadelha,
fedor a preto e a naftalina.
Já fora nova, cheia de nova,
fogo no rosto, luz no olhar.
Agora dormia, sentada na cova,
Caronte virá para a abraçar.
O espectro da velha, fez-me pensar,
tirou-me a paz, roubou-me a calma.
Tudo apodrece, menos o olhar,
porque ele é o espelho da alma!
Pergunta da semana
Por que é que os extraterrestres/OVNI's aparecem sempre a bêbados/malucos e nunca a doutorados em Astronomia?
quinta-feira, 8 de setembro de 2016
Permitam-me que substitua Caridade por Amor!
O amor é paciente, o amor é benigno; não é invejoso, não é altivo nem orgulhoso; não é inconveniente, não procura o próprio interesse; não se irrita, não guarda ressentimento; não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade; tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O dom da profecia acabará, o dom das línguas há-de cessar, a ciência desaparecerá; mas o amor não acaba nunca.
1ª Carta de S. Paulo aos Coríntios (Adap.)
quarta-feira, 7 de setembro de 2016
Da minha Infância
Cortei-me num dedo,
Fiquei a sangrar.
Mas não tive medo,
Deixei-me tratar.
Com um penso lavável,
Que a mãe aplicou.
O sangue parou,
Não é formidável?
Livro Primeiro Ciclo, Segunda Classe, 1988
Fiquei a sangrar.
Mas não tive medo,
Deixei-me tratar.
Com um penso lavável,
Que a mãe aplicou.
O sangue parou,
Não é formidável?
Livro Primeiro Ciclo, Segunda Classe, 1988
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
P(ó)S
Por-que tenho o destino na mão,
Por-que caio espancado no chão?
Por-que sou um coração a bater,
Por-que a alma me está a doer?
Por-que uso mal a liberdade,
Por-que valorizo a palavra: saudade?
Por-que tenho um cérebro deste tamanho,
E um esqueleto de barro castanho?
Por-que choro sem sentido e procuro,
A verdade na mentira e no escuro?
Por-que penso que sou mais do que pó,
Por-que procuro gente quando quero estar só?
Por-que vou ao abismo buscar o céu,
Por-que assumo a culpa e me torno réu?
Por-que transpiro dor e não tenho paz,
Por-que sou um valete e me acho um Ás?
No passado nunca fui importante.
No futuro serei um mísero instante?
PP
sábado, 3 de setembro de 2016
Não sou o criador de nenhuma das frases, mas concordo.
Quem inventou a frase: "dormir como um bebé", nunca teve filhos.
sexta-feira, 2 de setembro de 2016
Será?
"Lembre sempre que o mais importante num bom casamento não é a felicidade e sim a estabilidade."
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
quarta-feira, 31 de agosto de 2016
Só tenho um adjetivo: gostei!
"Parece que não é só impressão. Alguns estudos corroboram aquilo que sabemos: dizer palavrões é uma espécie de analgésico barato. Ou seja, fazem bem à saúde. E até podem ser sinal de que a pessoa que os usa em excesso é criativa (mas isso talvez seja puxar a corda quase até partir).
Seja como for, os palavrões são uma espécie de armas mentais: permitem-nos insultar, excitar, animar, enfurecer e, em geral, acordar toda uma série de emoções muito fortes em qualquer pessoa. Se quase todas as palavras nos fazem sentir uma ou outra emoção, os palavrões são uma espécie de injecção de adrenalina na mente."
In Doze Segredos da Língua Portuguesa, Marco Neves, Guerra & Paz, 2016.
Para mim a explicação é simples e não eram precisos estudos nenhuns: os palavrões não passam de interjeições como "Ai! Ui! Oh! Hum!" e já deviam estar plasmados nos dicionários e gramáticas com essa classificação morfológica.
Porém, ao contrário das interjeições citadas, os palavrões tiram a dor (mais uma vez não eram precisos estudos) e são o melhor analgésico que existe (é a minha opinião que corrobora os tais estudos), senão vejamos um caso prático.
"Trilho um dedo numa porta." Se disser imediatamente: "foda-se!... ca-RAAA-lho!" e abanar a mão de cima para baixo várias vezes a dor passa mais depressa, dói menos.
Caso contrário, se estiver na presença de sua excelência reverendíssima o Papa Francisco e não puder dizer "foda-se!", nem "caralho", nem "puta que pariu a porta!" e apenas disser: "bolas, aleijei-me", acreditem, a dor atormenta-nos muito mais tempo e é muito mais forte.
Por isso, lembrem-se: os palavrões não passam de interjeições, a classe de palavras mais simples da língua portuguesa e há que saber usá-los nos momentos adequados sem cair na brejeirice nem na má criação (Cuidado!), senão perderão o valor analgésico e passarão a ser "diarreia mental".
Ah! e já agora: eu sei o que é um adjetivo.
segunda-feira, 29 de agosto de 2016
Linha da Vida
Já que cheguei aqui: continuo.
Já que sonhei assim: efabulo.
Dentro de mim existe: paixão,
Tenho pavor de usar a razão.
Nunca fui o senhor de mim
Era o princípio, o meio e o fim.
Criei um abismo no coração,
Sigo em frente ou em contramão?
O meu e o teu são os dois iguais:
São fados malditos, como outros que tais.
Serão sempre assim cravados na cruz
Até a tormenta sucumbir à luz!
Já que nasci assim: aceito.
Nato na alma, no corpo e no leito.
Agrilhoado na solidão,
Com o caminho traçado na mão.
Daqui a Marte farei o destino,
Já não sou mais aquele menino.
Que tinha medo do mundo mundano,
Sugarei a vida até ao tutano.
domingo, 28 de agosto de 2016
sexta-feira, 26 de agosto de 2016
Tantas vezes explico isto ao pessoal. Ainda não consegui convencer ninguém!
"Queria um café, por favor." Ui, a velha piada que tantas vezes se ouve: afinal, uma pessoa se quer um copo de água agora não devia dizer "queria", no passado, certo? Errado. Muito errado. Os tempos verbais têm usos mais complicados do que parece à primeira vista. O pretérito imperfeito também serve para expressar cortesia. É o imperfeito de cortesia. Ah, sim, eu sei, esta frase é dita quase sempre em tom de gozo. É uma brincadeira. Pode ser: mas uma vez por outra lá encontramos casos de pessoas que acreditam piamente na brincadeira. E, para dizer a verdade, a falta de fundamento desta crítica é exactamente do mesmo tipo dos outros erros falsos.
In Blog Certas Palavras. Recomendo vivamente. http://www.certaspalavras.net
quinta-feira, 25 de agosto de 2016
Cristão Ateu
"Infelizmente acho que ainda não tenho fé. Mas por que é que eu digo infelizmente? Tenho de pensar..."
José Pedro Gomes, Actor, Revista Sábado
"Descobri que Cristo está vivo. Essa foi a grande revelação. Durante o tempo que andei no túnel, nem sabia que havia Cristo, Deus. Não percebia nada, a Santíssima Trindade para mim, era uma grande confusão. Sempre aquela sensação do Deus castigador da infância. E não é nada disso - há um Deus misericordioso."
Fernando Santos, Campeão Europeu de Futebol, Revista Sábado.
Ultimamente tenho pensado muito neste assunto: qual é a minha posição relativamente à fé, relativamente a Deus?
Tenho fé? Pouca/nenhuma.
Já tive mais? Sim.
Sou de tradição católica? Sim.
Gostaria de ter mais? Sim.
Existe Deus?
Existe vida para além da morte?
Existe Deus?
Existe vida para além da morte?
Ouvi há algum tempo um programa de rádio onde um dos intervenientes se definia como um "cristão ateu". Dizia ele que era de tradição católica, que acreditava em algumas coisas (poucas), que gostaria de ter mais fé, que compreendia os seus benefícios mas que de momento sentia muitas reservas em relação a muitos dogmas cristãos como, por exemplo, a virgindade de Maria ou a Santíssima Trindade. Não poderia estar mais de acordo.
Uma das melhores pessoas em termos de valores humanos que conheci na vida, como designaria a minha mãe por "um coração de bondade", não tinha fé, algo que Gabriel Garcia Márquez em "O amor em Tempos de Cólera" imortalizou na frase: "Era algo mais raro - respondeu-lhe o doutor Urbino. - Um santo ateu. Mas isso, são assuntos de Deus."
Posto isto, penso que terei de trilhar o meu caminho de fé sabendo que dos dois lados da barricada existem pessoas boas e más, pessoas que valem cada segundo e pessoas que só fazem o bem a pensar que estão a fazer o mal.
De certeza que qualquer que seja o futuro em termos de fé, ao contrário do que muitos defendem, não serei melhor nem pior pessoa. A conquista da fé poderá resolver alguns medos que tenho, como o medo da morte, mas nunca me tornará melhor pessoa.
De certeza que qualquer que seja o futuro em termos de fé, ao contrário do que muitos defendem, não serei melhor nem pior pessoa. A conquista da fé poderá resolver alguns medos que tenho, como o medo da morte, mas nunca me tornará melhor pessoa.
Consolador
"No fim tudo dá certo, e se não deu certo é porque ainda não chegou ao fim."
Fernando Sabino
Fernando Sabino
quarta-feira, 24 de agosto de 2016
O tempo do tempo
Queria andar quando não andava,
Queria falar quando não falava,
Queria saber o que não sabia,
Queria fazer o que não fazia,
Sonhei ter antes de ser...
Dei valor a momentos vãos.
Perdi segundos a tentar parecer
Julguei-me só com cinza nas mãos.
Queria estar onde não estive
Queria sentir o que não senti,
Queria ter o caminho livre
Queria viver, mas não consegui.
PP
Queria falar quando não falava,
Queria saber o que não sabia,
Queria fazer o que não fazia,
Sonhei ter antes de ser...
Dei valor a momentos vãos.
Perdi segundos a tentar parecer
Julguei-me só com cinza nas mãos.
Queria estar onde não estive
Queria sentir o que não senti,
Queria ter o caminho livre
Queria viver, mas não consegui.
PP
terça-feira, 23 de agosto de 2016
Almejo ter o direito de pretender conhecer
"O céptico filosófico não defende que nós não sabemos nada (ao contrário do céptico dito "normal") - até porque fazê-lo seria obviamente uma forma de auto-depreciação (deixaríamos de conseguir saber que não sabemos nada). A posição do céptico consiste antes em pôr à prova o nosso direito de pretender conhecer."
segunda-feira, 22 de agosto de 2016
O meu é igual. :)
"O coração tem mais quartos do que uma pensão de putas."
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
sábado, 20 de agosto de 2016
Na falta de um ditador, mandam 2000.
A minha teoria é muito simples: na falta de um ditador mandam 2000. Quero com isto dizer que, depois do 25 de Abril, no nosso país mandam 2000 pessoas.
2000 mil, 3000 mil, 4000 mil: número figurado para retratar que o nosso país é liderado por uma elite corrupta que se protege, defende, mistura...
2000 mil, 3000 mil, 4000 mil: número figurado para retratar que o nosso país é liderado por uma elite corrupta que se protege, defende, mistura...
Registo este facto porque já igualámos 41 anos de democracia com 41 anos de ditadura.
Porque afirmo isto?
Afirmo porque todos os dias leio/vejo/ouço nos meios de comunicação social os mesmos rostos, as mesmas famílias, os mesmos parentescos, os mesmos laços, os mesmos amigos, os mesmos discursos, as mesmas crenças, os mesmos lugares, os mesmos carros, os mesmos... as mesmas... os mesmos...
Não raras vezes, eles próprios, os 2000 como lhe chamarei a partir daqui, se denunciam. Sou amigo de Sicrano desde a infância, sou primo de Beltrano, sou sobrinho de Fulano. Tudo às claras.
Estudei no Técnico (um clássico). Fiz parte da Associação de Estudante na Faculdade de Direito em Coimbra (outro clássico). Pertenci à geração que desafiou Américo Thomaz em Coimbra. Participei na Assembleia Constituinte. Sou administrador não executivo da Caixa, da PT, da REN, da EDP...
Maçonaria e Opus Dei? Ajuda e muito...
Maçonaria e Opus Dei? Ajuda e muito...
Tirando o mundo futebolístico onde vários "zés" se conseguem destacar e enriquecer (nem sempre bem visto), um ou outro crânio académico ou um ou outro alpinista social por casamento, os ditos 2000 são sempre os mesmos.
Desta forma, existe em Portugal um corporativismo que perpetua os grandes e asfixia os pequenos e permite a uns quantos, reinar; enquanto o resto assiste de forma revoltada (o meu caso) ou indiferente (a maioria), mais por pobreza de espírito do que por outra coisa. (Este parágrafo tornar-me-ia comunista no Avante, coisa que não sou.)
Tudo é feito de forma a favorecer este indivíduo/instituição, a não prejudicar aquele, a proteger esta família, a não cutucar aquela. Como dizia o outro: "pomos o Moedas a trabalhar", agora Comissário Europeu.
Escrevo esta mensagem para lhes dizer que, infelizmente, o 25 de Abril falhou. As conquistas de Abril como pomposamente lhes chamam, falharam. A Democracia falhou!
Neste país mandam os 2000. O resto é paisagem.
PP
PP
Às vezes, é preciso entregar o bilhete do Euromilhões!
Um comerciante arruinado que vivia no Cairo sonhou que tinha de ir a Isfaão porque ali encontraria um tesouro que lhe devolveria a riqueza. Após longas jornadas de viagem, chegou à cidade ao anoitecer. Não encontrou alojamento, pelo que se refugiou numa praça junto de uma mesquita. Nessa noite, numa casa próxima, houve um roubo, e ele foi detido juntamente com uns mendigos pelo simples facto de estar ali. O mercador explicou o motivo da sua viagem a Isfaão ao guarda, que, divertido, replicou:
- Que disparatado que és. Eu também tenho muitos sonhos por aí, mas não lhes faço caso. Uma vez, sonhei que precisava de ir ao Cairo e procurar uma casa branca que tem no pátio um relógio de sol. Atrás do relógio há uma figueira e, sob a figueira, enterrado no chão, um tesouro. Mas pensas que fiz caso desse sonho? Claro que não. Toma, pega nesta moeda e volta ao teu lar, iludido.
O comerciante pegou na moeda e voltou rapidamente à sua cidade. O polícia descrevera-lhe a sua casa. Ao chegar, procurou sob a figueira e achou o tesouro.
In "A Oficina dos Livros Proibidos", Eduardo Roca, Marcador, 2011.
In "A Oficina dos Livros Proibidos", Eduardo Roca, Marcador, 2011.
sexta-feira, 19 de agosto de 2016
Pensei que era uma espécie rara. Não sou.
"Os homens dividem-se em duas espécies: os que têm medo de viajar de avião e os que fingem que não têm."
Fernando Sabino
Fernando Sabino
Mentalidades
"O que é feio e pobre sonha com ouro a pensar em cobre".
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
quarta-feira, 17 de agosto de 2016
O que tiver de ser, será...
Contam os sábios locais que um dia, na rica cidade de
Bagdad, um criado foi ao mercado. Ali viu a Morte, que lhe fez um gesto
ameaçador. Espantado, o criado foi veloz ter com o seu senhor, suplicando-lhe
que lhe concedesse o seu melhor corcel para fugir o mais rápido possível e
chegar assim ainda nessa noite à distante cidade de Isfaão.
- Por que queres ir a Isfaão? – perguntou o senhor.
- Porque vi a Morte no mercado e fez-me um gesto estranho.
O senhor apiedou-se do seu criado e deu-lhe o cavalo. Partiu
de imediato para a longínqua cidade.
Nessa mesma tarde, o senhor encontrou-se com a Morte no mercado.
Perguntou-lhe:
- Morte, porque ameaçaste o meu criado?
A Morte, surpreendida, respondeu:
- Ameaçá-lo? Não, não, apenas me espantou vê-lo aqui, quando
está escrito que tenho de o apanhar na distante Isfaão.
In "A Oficina dos Livros Proibidos", Eduardo Roca, Marcador, 2011.
terça-feira, 16 de agosto de 2016
Presente do Universo à chegada a Santiago
O Universo através de "A menina da Harpa" presenteou-nos com esta actuação à chegada a Santiago. Além da sua beleza natural, tocou maravilhosamente. Momento Mágico.
Intouchables Soundtrack
domingo, 14 de agosto de 2016
O país Telma Monteiro
Telma foi generosa, disse que tinha tido a "garra" dos portugueses. Antes fosse assim e a nossa regra fosse a da superação, humildade e querer. Não é. Preferimos sempre dizer: “a culpa não foi minha”.
José Manuel Fernandes, in "Observador"
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
WTF/pasquim/CM
JOVEM "estava com os pais em casa, sábado à noite, na aldeia de Seixo de Manhoses, Vila Flor, quando foi atingido por uma forte descarga elétrica quando estava a ligar um grelhador à corrente. Morreu eletrocutado. Os pais ficaram em estado de choque..."
Correio da Manhã
Junto
Venho de viagem mas tu vens comigo.
Trago-te no peito, és o meu abrigo.
Durante o caminho lembro-me de ti,
tudo faz sentido contigo aqui.
A ponte que temos une mais as margens.
Sou um peregrino com estas viagens.
Devolvo ao universo tudo o que me deu,
termino o caminho mais perto do céu.
Bebo a paisagem, como a natureza:
pinto uma aguarela com sua beleza.
Fujo do abismo, rasgo a solidão
consolo o espírito, saro o coração.
PP
Trago-te no peito, és o meu abrigo.
Durante o caminho lembro-me de ti,
tudo faz sentido contigo aqui.
A ponte que temos une mais as margens.
Sou um peregrino com estas viagens.
Devolvo ao universo tudo o que me deu,
termino o caminho mais perto do céu.
Bebo a paisagem, como a natureza:
pinto uma aguarela com sua beleza.
Fujo do abismo, rasgo a solidão
consolo o espírito, saro o coração.
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
GRão
Sei que tu sabes que eu sei,
que a vida nem sempre é justa
Mas que no final, haverá um lugar
onde tudo fará sentido.
Penso que tu pensas que eu penso
que perder por vezes é ganhar
Que ser, muitas vezes chega
E que a paixão pode ser eterna.
Sinto que tu sentes que eu sinto
que não vale tudo, aliás, tudo é pouco.
Somos um pequeno grão de areia,
Na grande pegada do universo.
Gosto que tu gostes que eu goste
das mesmas coisas, dos mesmos lugares,
do mesmo sorriso, do mesmo olhar.
Da escada que entra no teu entendimento
Amo que tu ames que eu ame
a natureza, cada ser, cada lugar.
O coração é o mais poderoso dos sentidos,
Porque vê, ouve, cheira, prova e sente...
PP
que a vida nem sempre é justa
Mas que no final, haverá um lugar
onde tudo fará sentido.
Penso que tu pensas que eu penso
que perder por vezes é ganhar
Que ser, muitas vezes chega
E que a paixão pode ser eterna.
Sinto que tu sentes que eu sinto
que não vale tudo, aliás, tudo é pouco.
Somos um pequeno grão de areia,
Na grande pegada do universo.
Gosto que tu gostes que eu goste
das mesmas coisas, dos mesmos lugares,
do mesmo sorriso, do mesmo olhar.
Da escada que entra no teu entendimento
Amo que tu ames que eu ame
a natureza, cada ser, cada lugar.
O coração é o mais poderoso dos sentidos,
Porque vê, ouve, cheira, prova e sente...
PP
Person
God Wills, man dreams, the work is born.
God willed that all the earth be one,
That the sea unite rather than divide it.
Anointed by Him, you unveiled the foam,
And the white crest went from island to continent,
A path of light to the world’s end,
And all at once the entire earth
Appeared, round, from out of the blue.
The One who anointed you made you Portuguese,
A sign to us our pact with the sea.
The Sea was won, the Empire undone.
Lord, we still must win Portugal!
Fernando Pessoa
translated by Richard Zenith
God willed that all the earth be one,
That the sea unite rather than divide it.
Anointed by Him, you unveiled the foam,
And the white crest went from island to continent,
A path of light to the world’s end,
And all at once the entire earth
Appeared, round, from out of the blue.
The One who anointed you made you Portuguese,
A sign to us our pact with the sea.
The Sea was won, the Empire undone.
Lord, we still must win Portugal!
Fernando Pessoa
translated by Richard Zenith
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
Redutor, porém verdadeiro...
"O mundo está dividido entre os que cagam bem e os que cagam mal".
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
In "O amor em Tempos de Cólera", Gabriel Garcia Márquez
domingo, 31 de julho de 2016
Por Delicadeza
"Bailarina fui
Mas nunca dançei
Em frente das grades
Só três passos dei
Tão breve o começo
Tão cedo negado
Dançei no avesso
Do tempo bailado
Dançarina fui
Mas nunca bailei
Deixei-me ficar
Na prisão do rei
Onde o mar aberto
E o tempo lavado?
Perdi-me tão perto
Do jardim buscado
Bailarina fui
Mas nunca bailei
Minha vida toda
Como cega errei
Minha vida atada
Nunca a desatei
Como Rimbaud disse
Também eu direi:
«Juventude ociosa
Por tudo iludida
Por delicadeza
Perdi minha vida"
Sophia de Mello Breyner Andresen
Mas nunca dançei
Em frente das grades
Só três passos dei
Tão breve o começo
Tão cedo negado
Dançei no avesso
Do tempo bailado
Dançarina fui
Mas nunca bailei
Deixei-me ficar
Na prisão do rei
Onde o mar aberto
E o tempo lavado?
Perdi-me tão perto
Do jardim buscado
Bailarina fui
Mas nunca bailei
Minha vida toda
Como cega errei
Minha vida atada
Nunca a desatei
Como Rimbaud disse
Também eu direi:
«Juventude ociosa
Por tudo iludida
Por delicadeza
Perdi minha vida"
Sophia de Mello Breyner Andresen
quarta-feira, 27 de julho de 2016
Não bulas aí!
Não bulas aí! foi uma das frases mais ouvidas na minha infância. Talvez porque mexia em tudo, porque era demasiado irrequieto, porque era reguila (mais uma bela palavra), porque não dava descanso aos adultos, porque era feliz...
Sim, fui muito feliz.
Talvez por isso, se calhar por isso, a forma como encaro a vida pretende perpetuar essa condição, esse estado, esse momento.
Fui, sou, serei sempre criança.
Fui, sou, serei sempre feliz.
Fui, sou, serei sempre criança.
Fui, sou, serei sempre feliz.
terça-feira, 26 de julho de 2016
Dies
Nasci chorei bebi calei
Vesti dormi acordei berrei
Comi, cresci, aprendi, sonhei,
Amei, fodi, casei, eduquei,
Trabalhei, sofri, resisti, errei,
Vivi; envelheci; cansei; morri.
Vesti dormi acordei berrei
Comi, cresci, aprendi, sonhei,
Amei, fodi, casei, eduquei,
Trabalhei, sofri, resisti, errei,
Vivi; envelheci; cansei; morri.
Carpe Noctem
A solidão aconselha,
A almofada ouve,
A lua escuta,
O silêncio elucida,
A cama descansa
Tudo à noite me transforma,
Me dá domínio, poder,
Metamorfose?
E se ouço um som, um gemido, uma lágrima
Desço mais abaixo, mais profundo,
Mais dentro do Universo que sou eu
Sonho, acordo e existo.
domingo, 24 de julho de 2016
A trabalhar nisto todos os dias.
"A sociedade só pode interferir na liberdade de uma pessoa quando há o risco de essa pessoa provocar danos noutra. De resto, não deve haver interferências, por bizarras que sejam as crenças de cada um."
In O Pavilhão Púrpura, José Rodrigues dos Santos, Gradiva, 2016
César Menotti
"Sabes a diferença entre um cão de guarda e um cão feroz? Não? Repara. Está o cão feroz à porta de casa e surgem dois ladrões. Um aproxima-se, o cão feroz ladra e atira-se a ele. O ladrão foge e o cão vai atrás dele, abandonando a porta. Entra o outro ladrão e rouba o que quer. Ao invés, o cão de guarda apenas ladra e mantém à distância qualquer dos ladrões, nunca saindo de perto da porta. O cão de guarda marca à zona e o feroz marca ao homem. Entendido?" Consta-se que o jogador em causa concluiu simplesmente que "havia um cão bom e outro mau", e que nesse dia deixou de contar para Menotti.
In Futebol a Sério, Carlos Daniel, A Esfera dos Livros, 2016.
http://www.alambrado.net/antes-da-fama-el-flaco-menotti-foi-um-moleque-travesso
sexta-feira, 22 de julho de 2016
Bulir
Presente Indicativo
eu bulo
tu boles
ele bole
nós bulimos
vós bulis
eles bolem
Presente Conjuntivo
que eu bula
que tu bulas
que ele bula
que nós bulamos
que vós bulais
que eles bulam
Não é delicioso este verbo?
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