Vi uma velha, cheia de velha,
Cara de rugas, olhos de menina.
Bege carranca, branco gadelha,
fedor a preto e a naftalina.
Já fora nova, cheia de nova,
fogo no rosto, luz no olhar.
Agora dormia, sentada na cova,
Caronte virá para a abraçar.
O espectro da velha, fez-me pensar,
tirou-me a paz, roubou-me a calma.
Tudo apodrece, menos o olhar,
porque ele é o espelho da alma!
Sem comentários:
Enviar um comentário