Já não consigo rimar, estou cansado,
Já não consigo mudar, estou mudado.
Engoli toda a dor que cingi no caminho,
Lamento mas sinto-me um pouco sozinho.
Já não consigo escrever, estou atado,
Já não consigo ser eu, estava errado.
Procuro no amor e em ti o tempero,
Do meu bloqueio e do meu desespero.
Já não consigo sentir, fui sentindo,
Já não consigo dormir, só mentindo.
A noite é capaz de esconder o destino,
Sou mais violado que a corda de um violino.
Já não consigo compor, já compus,
Na alma, no corpo, no escuro e na luz.
Com esforço ainda vislumbro a razão,
Ainda estou vivo às expensas do meu coração.
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