Vamais houve homem menos maquiavélico do que Maquiavel.
Villari
Ultimamente tenho andado a pensar na diferença entre as virtudes de currículo e as virtudes de elogio fúnebre. As virtudes de currículo são as que enumera no seu currículo, as competências que traz para o mercado de trabalho e que contribuem para o sucesso externo. As virtudes de elogio fúnebre são mais profundas. São as virtudes mencionadas no seu funeral, aquelas que existem no âmago do seu ser se foi bondoso, corajoso, honesto ou fiel, o tipo de relações que criou.
A maioria das pessoas considera que as virtudes de elogio fúnebre são mais importantes do que as de currículo, mas confesso que durante grande parte da minha vida passei mais tempo a pensar nas segundas virtudes do que nas primeiras. O nosso sistema de ensino centra-se claramente mais nas virtudes de currículo do que nas de elogio fúnebre. O mesmo se passa com o discurso público as dicas de autoajuda nas revistas, os livros de não-ficção mais vendidos. A maioria das pessoas tem estratégias mais definidas para alcançar o sucesso profissional do que para desenvolver um caráter profundo.
O Caminho para o Carácter, David Brooks
"Nunca cometas o mesmo erro duas vezes.
Não fiques na cama todo o dia a menos que ganhes dinheiro com isso."
"Aos 10 anos, (Mário Soares) fez o exame da quarta classe em Leiria, quando estudava nas Caldas da Rainha ao cuidado de uma família amiga e reprovou. Mas já então teve sorte: as notas tinham sido tão, mas por todo o País, que os critérios nacionais foram revistos e acabou por ser admitido no Liceu."
Revista Sábado
"Na verdade, se o espectador quiser fruir de uma obra de arte optando por ouvir o autor sobre ela, não há motivo para não o fazer, assim como tem a liberdade de prescindir da intencionalidade do criador."
A boneca de kokoschka, Afonso Cruz
Sei que ela não vai ler hoje, com sorte, talvez amanhã. Estará ocupada a ajudar alguém?