sábado, 29 de abril de 2017

Brilhante gestão de um homem do futebol

Adoro futebol. Não faço segredo disso, não preciso... Tenho pena que o jogo seja considerado - por alguns pseudo-intelectuais - o  desporto do povo, depreciativamente claro... Algumas vezes esta animosidade, má vontade ou o que lhe queriam chamar é considerada um tipo de superioridade, de inteligência, de bom gosto: sim,  porque eu até nem gosto de futebol, onze contra onze atrás de uma bola... 
Tudo isto para dizer que a modalidade "do povo" pode ensinar-nos muitas coisas como, por exemplo, a forma como se devem gerir pessoas no seu local de trabalho, milionários com um ego do tamanho da conta bancária e, não raras vezes, com um cérebro do tamanho de um feijão.
Neste particular, temos - Portugal - muitos e bons treinadores espalhados pelo mundo. Um dos melhores subiu a pulso, chama-se Leonardo Jardim e treina um clube francês, o Mónaco. Neste momento está nas meias finais da melhor competição futebolística mundial com uma equipa de tostões comparada com as concorrentes. Diz ele:

"Utilizo uma filosofia baseada numa interacção total. Não sou treinador de gabinete, mas de campo. Faço a gestão GALO: Gestão Andando de um Lado para o Outro! Não marco reuniões, tenho a informação da fonte de uma forma directa. Chego às 9 horas e ando no clube durante hora e meia. No fim do treino, volto a andar mais hora e meia. Ando às voltas, sem rumo, mas com disciplina. É nessas alturas que há maior fluxo de informação. Não ligo o computador, nem fico ao telemóvel com empresários. Converso com quem me cruzo, ando por zonas onde não era suposto andar. Observo e sinto o ambiente. Engraxo quem está abaixo: o roupeiro, o massagista... nunca o chefe. Escuto, escuto e escuro. A coerência em palavras e actos, é fundamental. Os jogadores gostam de ser reconhecidos e temos de gerir os egos.”
Posto isto, penso que já perceberam onde quero chegar. Afinal, sempre conseguimos aprender alguma coisa com o futebol...

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Provérbio Popular Australiano

Quanto mais se sabe menos se precisa.

Maria

Hoje brinco contigo,
Hoje pego em ti,
No teu sorriso,
Nos teus caracóis,
Na ternura que transpiras quando:
falas, brincas, corres, vives.

Quero ser o teu modelo,
O teu espelho,
O teu super-herói:
Que pode tudo,
Que sabe tudo.

Quatro anos não é coisa pouca,
Para mim não é.
Sou um pai de rebuçado,
de algodão doce,
de gelado cor-de-rosa como tu gostas.

Encheste a minha vida
e a vida da mamã.
Estás a fazer um bom trabalho.

O teu sucesso é o nosso sucesso.
Não tenhas medo de errar, faz parte.
Arrisca.
Tira as rodas da bicicleta e
enfrenta os desafios,
supera as dificuldades,
nunca desistas.
Nós vamos estar, sempre, aqui!

Dá para tudo!

"Mas toda a gente que trabalha comigo adora-me. O que não suporto neles? Não devolverem. Estarem ali por estar, é o que calhou, nunca se perguntarem: porque é que estou a fazer isto?"

Ljubomir Stanisic, Revista Sábado

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Namoro

Mandei-lhe uma carta em papel perfumado
e com a letra bonita eu disse ela tinha
um sorrir luminoso tão quente e gaiato
como o sol de Novembro brincando de artista nas acácias floridas
espalhando diamantes na fímbria do mar

e dando calor ao sumo das mangas.
sua pele macia - era sumaúma...
Sua pele macia, da cor do jambo, cheirando a rosas
tão rijo e tão doce - como o maboque...
Seu seios laranjas - laranjas do Loge
seus dentes... - marfim...
Mandei-lhe uma carta
e ela disse que não.

Mandei-lhe um cartão
que o Maninjo tipografou:
"Por ti sofre o meu coração"
Num canto - SIM, noutro canto - NÃO
E ela o canto do NÃO dobrou.

Mandei-lhe um recado pela Zefa do Sete
pedindo rogando de joelhos no chão
pela Senhora do Cabo, pela Santa Ifigénia,
me desse a ventura do seu namoro...
E ela disse que não.

Levei à avó Chica, quimbanda de fama
a areia da marca que o seu pé deixou
para que fizesse um feitiço forte e seguro
que nela nascesse um amor como o meu...
E o feitiço falhou.

Esperei-a de tarde, à porta da fábrica,
ofertei-lhe um colar e um anel e um broche,
paguei-lhe doces na calçada da Missão,
ficamos num banco do largo da Estátua,
afaguei-lhe as mãos...
falei-lhe de amor... e ela disse que não.

Andei barbado, sujo, e descalço,
como um mona-ngamba.
Procuraram por mim
" - Não viu...(ai, não viu...?) Não viu Benjamim?"
E perdido me deram no morro da Samba.
E para me distrair
levaram-me ao baile do sô Januário
mas ela lá estava num canto a rir
contando o meu caso às moças mais lindas do Bairro Operário

Tocaram uma rumba dancei com ela
e num passo maluco voamos na sala
qual uma estrela riscando o céu!
E a malta gritou: "Aí Benjamim!"
Olhei-a nos olhos - sorriu para mim
pedi-lhe um beijo - e ela disse que sim.

Viriato da Cruz

domingo, 23 de abril de 2017

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Só desisto se for eleito!

"Nós achamos que as pessoas do mundo da arte não estão sensibilizadas para o verdadeiro nojo que se está a passar e há aqui uma data de pessoas que não passam de uma chusma de parasitas que estão a brincar connosco, que estão a brincar com os portugueses. (....) A arte, o meio artístico nacional é uma chusma de prostitutas e proxenetas. Eu queria chamar à atenção para que os políticos são espantalhos e também são prostitutas dos bancários." 

Manuel João Vieira, Prova Oral

domingo, 16 de abril de 2017

Realidade

O que devia ser real era o sonho e não a realidade.

Manuel João Vieira, Prova Oral

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Subtilezas

Há pessoas que só fazem o bem pensando que estão a fazer o mal. Como diz a fadista: que estranha forma de vida.

segunda-feira, 3 de abril de 2017

Full Stop

Um ponto final contém, em média, oito mil milhões de átomos de carbono.
Eu tenho oito mil milhões de razões para gostar de ti!

sábado, 1 de abril de 2017

Falta de educação? Não: carácter, personalidade, raça, pragmatismo...

Sou mais "vai-te foder, meu."

Ljubomir Stanisic, Revista Sábado

Sem papas na língua

"Liderar pessoas é em primeiro lugar dar-lhes a perceber  que sem trabalho não existe vida, e que trabalho é uma coisa dura e por isso tem de ser bem feito."

Ljubomir Stanisic, Revista Sábado